Abrir as portas do conhecimento de uma maneira lúdica e atrativa é o papel de todo museu que se preze, certo? E quando o espaço é dedicado à ciência e tecnologia essa missão é ainda mais presente. O Brasil é reduto de excelentes centros do saber que instigam a curiosidade e a vontade de aprender conceitos, regras e leis que regem o Universo. Em cada região, uma oportunidade para aprender.
O país conta com diversas iniciativas, privadas e públicas, para registrar a história e fomentar a ciência e tecnologia. De acordo com a Associação Brasileira de Centros e Museus de Ciência (ABCMC), o Brasil tem 268 espaços onde a busca pelo enriquecimento cultural e científico andam lado a lado. Desse total, 155 estão no Sudeste; 44, no Sul; 43, no Nordeste; 15, no Centro-Oeste; 11, no Norte.
Além dos centros e museus de ciência, foram considerados pela ABCMC zoológicos, jardins botânicos, parques e jardins zoobotânicos, aquários, planetários e observatórios.
Para agilizar a lista de o que fazer no fim de ano com toda a família, reunimos aqui sugestões imperdíveis de locais que têm a interatividade como um dos seus pontos fortes pautados pela ciência e tecnologia no DNA. E tudo isso sem precisar sair do Brasil.
1. SESI Lab
O museu 100% interativo sem paralelo no país abre as portas ao público no ponto de maior circulação da capital do país, em 30 de novembro, no antigo Edifício Touring Club, icônico prédio projetado por Oscar Niemeyer na época da construção de Brasília. Ali estão reunidos 100 experimentos interativos em exposição de longa duração, além de mostras temporárias e programação cultural com muita diversidade.
O SESI Lab é uma iniciativa do Serviço Social da Indústria (SESI), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), e vai promover a conexão entre ações artísticas, científicas e tecnológicas, em colaboração com a indústria e a sociedade.
Um verdadeiro reduto de ciência, tecnologia, inovação e educação para todas as idades e um atrativo turístico e arquitetônico singular digno de uma cidade considerada patrimônio cultural da humanidade. Cerca de 350 mil visitantes são esperados a cada ano, além de 85 mil estudantes e 3 mil professores em programas de formação que poderão conhecer todas as cinco galerias expositivas e participar de oficinas, cursos, atividades culturais e sessões de cinema.
Durante todo mês de dezembro, a entrada será gratuita mediante a retirada de ingresso. Saiba todos os detalhes pelo site do SESI Lab.
2. Museu do Amanhã
Inaugurado em 2015 no Rio de Janeiro, tem uma arquitetura futurista com projeto assinado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava, e é todo sustentável. O Museu do Amanhã oferece uma narrativa sobre como poderemos viver e moldar os próximos 50 anos. Uma jornada rumo a futuros possíveis, a partir de grandes perguntas que a humanidade sempre se fez. De onde viemos? Quem somos? Onde estamos? Para onde vamos? Como queremos ir?
O Museu busca também promover a inovação, divulgar os avanços da ciência e publicar os sinais vitais do planeta. Os dados presentes são atualizados com base em pesquisas produzidas em instituições cientificas do mundo todo, como o Massachussets Institute of Technology (MIT), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco).
Com o convite “Vamos, juntos construir os Amanhãs que queremos?“, a exposição principal tenta projetar cenários para os próximos 50 anos relacionados a biodiversidade, tecnologia, clima, conhecimento e longevidade.
Para planejar uma visita, vale antes verificar a programação no site do museu.
3. Museu Catavento
Do átomo ao maior planeta do sistema solar; do menor inseto aos maiores animais da terra; das leis da física às transformações químicas; do ecossistema à questão da proteção ambiental. No Museu Catavento tudo é apresentado de forma interativa para fazer da visita uma prazerosa viagem ao conhecimento e à cultura.
O museu fica em São Paulo e possui 219 instalações, em 12 mil metros quadrados de área expositiva, divididas em quatro grandes seções: Universo, Vida, Engenho e Sociedade. Entre atrações de destaque, estão o miniplanetário, o passeio digital, a seção de eletromagnetismo e o aquário com peixes de água salgada.
Com exposições com ideias simples ou complexas, como: reproduzir o chão da lua com a pisada do astronauta Neil Armstrong, viajar pelo Brasil na época dos dinossauros; compreender como funciona a eletricidade estática que faz os cabelos ficarem em pé ou fazer uma escalada enquanto conhece grandes personalidades da história.
Vale a pena aprender conteúdos densos de um jeito divertido e simples. Todas as informações estão no site do museu.
4. Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST)
Uma iniciativa pública, vinculada ao governo federal, o MAST é o lugar ideal para quem se interessa pelo espaço sideral e seus elementos. Localizado no Rio de Janeiro, no bairro Imperial de São Cristóvão, que abriga um patrimônio arquitetônico formado por 16 edificações da década de 1920.
O acervo do MAST conta com aparelhos usados pelo Observatório Nacional para a observação da luz dos astros, como diversos tipos de luneta. No Programa de Observação do Céu, o público pode fazer visitas noturnas para enxergar com o uso de telescópios, binóculos e por uma luneta centenária.
Além do prédio sede, o MAST é composto pelos pavilhões de observação astronômica, com cúpulas de cobertura pré-fabricadas em ferro adquiridas da Alemanha, Inglaterra e França, juntamente com os instrumentos científicos, que testemunham as inovações daquele tempo. Esse conjunto arquitetônico e paisagístico foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), em 1986, e pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (INEPAC), em 1987.
Programa uma visita para se tornar um grande conhecedor da astrologia. Dicas e programação no site do museu.
5. Museu de Ciência e Técnica da Escola de Minas
No prédio da primeira instituição brasileira a formar geólogos, em Ouro Preto (MG), funciona o Museu de Ciência e Técnica da Escola de Minas. Nele, o visitante pode conferir de perto fósseis e esqueletos de animais atuais, como porco, golfinho e ornitorrinco.
Um dos destaques é a sala de mineralogia, onde estão expostas rochas e minerais do mundo inteiro. O passeio termina em uma sala onde crianças e adultos podem se divertir com experimentos científicos de eletricidade, cinética e ótica.
O Museu registra parte importante do desenvolvimento científico nacional apresentando as mais completas coleções em seus setores de Mineralogia, História Natural, Mineração, Metalurgia, Química, Física, Astronomia, Topografia, Desenho e Biblioteca de Obras Raras. Além de ser um dos melhores locais para observar o pôr do sol em Ouro Preto.
Atualmente, de acordo com a coordenação do Museu, o atendimento ao público segue suspenso, “em razão de adequações administrativas do setor”. Acompanhe notícias da reabertura no site da Universidade Federal de Ouro Preto.
6. Espaço Ciência de Pernambuco
Entre as cidades de Recife e Olinda, está uma área de 120 mil metros quadrados que combina exposições montadas em ambientes fechados e centenas de experimentos interativos a céu aberto. É o Espaço Ciência, que reúne exposições, planetário, auditório, anfiteatro e seis laboratórios didáticos de ciências e informática.
Outro destaque do espaço pertencente à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação de Pernambuco é o manguezal, um ambiente de rara beleza e grande interesse científico, à disposição dos visitantes, para contemplação, estudos e aprendizagens. Também faz parte do Espaço Ciência o Observatório Astronômico localizado no Alto da Sé, em Olinda.
O programa Ciência por toda parte, desenvolvido pelo museu, auxilia a criação de novos museus de ciência em diversos municípios – alguns já em funcionamento, como em São José do Egito, Salgueiro, Goiana, Flores, João Alfredo, Surubim e Itaíba.
Saiba mais sobre o Espaço Ciência pelo site.
7. Museu de Ciência e Tecnologia (MCT)
Inaugurado em 1967 na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), o MCT tem um vasto acervo de fósseis, espécimes representantes da biodiversidade e peças provenientes de escavações arqueológicas, que são objetos de pesquisa de mestrandos e doutorandos de várias partes do mundo.
As exposições no museu gaúcho são elaboradas para despertar a curiosidade e o gosto pelas ciências, valorizando a participação do visitante com experiências lúdicas e inusitadas. São cerca de 700 experimentos interativos, em 22 áreas do conhecimento.
Os eventos e atividades também são outro atrativo para públicos distintos, como Férias no Museu, Aniversário genial, Minuto da Ciência e show de eletrostática. Tudo com um único propósito: preservar e difundir o conhecimento por meio de seus acervos e exposições, contribuindo para o desenvolvimento da ciência, da educação e da cultura.
Para conhecer de pertinho todo esse universo fascinante, basta conferir no site do MCT.