As atividades de pesquisa aplicada, inovação e educação do SENAI do Rio Grande do Norte com foco em energia eólica offshore estão a todo vapor no estado e para o Brasil, destacou o diretor da instituição, Rodrigo Mello, nesta entrevista concedida no Brazil Windpower.
O evento, o maior do hemisfério sul dedicado à energia eólica e o maior da América Latina com foco em energia elétrica, foi realizado em São Paulo. Clique aqui ou dê o play abaixo para assistir o conteúdo na íntegra. A entrevista foi concedida ao jornalista Maurício Godoi, do Portal CanalEnergia.
Além de projetos de peso na área de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação (PD&I), a primeira especialização de nível superior do SENAI voltada a essa nova fronteira energética está no gatilho para lançamento, segundo o executivo.
O curso é uma das novas investidas da FAETI – Faculdade de Energias Renováveis e Tecnologias Industriais da instituição, pioneira no Brasil com esse foco. A Faculdade iniciou operações este ano com graduação em Engenharia Mecânica.
“Quando a gente estava implantando a cadeia do onshore (dos parques eólicos em terra) no Brasil, o SENAI teve a missão de desenvolver as soluções educacionais, os perfis profissionais, os caminhos formativos para chegarmos a esses perfis, em 2009, 2008”, disse Mello, na entrevista. “Fizemos isso com muita maestria e hoje participamos de praticamente todos os parques de geração no onshore”, acrescentou ainda. No caso do offshore, ele explica que o movimento também tem se dado nessa direção e discussões semelhantes vêm sendo travadas com indústrias do setor e instituições internacionais, especialmente do Mar do Norte, que já atuam nesse ramo.
Sobre o SENAI
O SENAI é o maior complexo de educação profissional da América Latina e detentor da maior rede privada de Institutos de Tecnologia e Inovação para a indústria nessa região do mundo. No Rio Grande do Norte, engloba cinco Centros de Educação e Tecnologias: CET (Voltado ao setor da construção civil); CETCM (Voltado às indústrias de alimentos, vestuário e moda); CETIB (cursos diversos para a indústria, em Mossoró); CETAB (vestuário, construção e outros), e CTGAS-ER, principal referência do SENAI no Brasil para educação e serviços com foco nas indústrias de energias renováveis e do gás, além de centro de excelência para formação profissional em hidrogênio verde, em parceria com a Alemanha.
A atuação se dá ainda por meio do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) – principal referência do SENAI no Brasil em Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação (P&D) com foco em energia eólica, solar e sustentabilidade – do Instituto SENAI de Tecnologias em Petróleo e Gás (IST-PG) e da FAETI – Faculdade de Energias Renováveis e Tecnologias Industriais.
Primeiro do Brasil a se tornar signatário do Pacto Global de Direitos Humanos, Trabalho, Meio Ambiente e Anticorrupção da Organização das Nações Unidas (ONU), o SENAI do Rio Grande do Norte tem a atuação alinhada a Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que buscam, de forma geral, acabar com a pobreza, reduzir desigualdades, fomentar a educação de qualidade e combater as mudanças climáticas no mundo.
Em 2024, a instituição recebeu o “Selo ODS Educação”- um reconhecimento nacional público pela formação das primeiras mulheres especialistas do Rio Grande do Norte em operação e manutenção de parques eólicos. O projeto liderado pelo CTGAS-ER também foi reconhecido nacionalmente pelo SENAI como Boa Prática de Gestão Escolar. Em março de 2023, outro reconhecimento foi registrado: a História em Quadrinhos (HQ) “Superliga contra nuvens de gás”, concebida pelo Sistema FIERN, por meio do SENAI-RN e do ISI-ER, foi recomendada pelo Ministério da Educação (MEC) e a agência pública de cooperação alemã GIZ como parte dos materiais selecionados para auxiliar escolas do Brasil a abordarem transição energética e descarbonização, em sala de aula – com estímulo à equidade de gênero e ao aumento da participação de meninas e mulheres no setor de energias renováveis.
A instituição também desenvolveu projetos em parceria com empresas do setor de energia para aumentar a participação de meninas em cursos técnicos e estimular a inserção de conteúdos sobre energia eólica em escolas da rede pública.
Texto: Renata Moura
Imagem: Reprodução YouTube