O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN), Roberto Serquiz, participou da reunião de diretoria da Confederação Nacional da Indústria (CNI), nessa terça-feira (27), na sede da Federação das Indústrias do Ceará (FIEC), em Fortaleza. O diretor 1º secretário da FIERN, Heyder Dantas, também participou do encontro.

 

Serquiz destacou os temas debatidos em seção do Conselho de Micro e Pequenas Empresas da CNI (COMPEM/CNI), do qual é presidente, realizada na segunda-feira (26). “Apresentamos assuntos recorrentes nas reuniões do COMPEM da CNI, como a proposta de aumento do limite anual de faturamento para as micro e pequenas empresas que estão enquadradas no Simples Nacional.

 

“Também lembramos sobre a obrigação acessória da Receita Federal para que as empresas enquadradas no Simples Nacional e que usam a desoneração da folha apresentem o DIRB [Declaração de incentivos, renúncias, benefícios e imunidades de natureza tributária]”, acrescenta Serquiz.

 

Ainda na reunião da CNI, Serquiz falou sobre a necessidade de fortalecer o acesso, por micro e pequenas empresas, aos recursos disponibilizados pelo Nova Indústria Brasil, notadamente no Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). “Sugerimos o desenvolvimento de uma modelagem para mobilizar e estimular as micro e pequenas empresas a procurarem o Pronampe através do Núcleo de Acesso ao Crédito (NAC)”, aponta.

 

Por fim, o presidente da FIERN mostrou resultados de dois estudos que vão nortear as futuras agendas do COMPEM/CNI. O primeiro, desenvolvido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), traça um panorama sobre o ambiente de negócios na América Latina. “O estudo mostra que as MPEs brasileiras estão dentro da média nos aspectos de digitalização, inovação, tecnologia e estrutura institucional”, explica. “Por outro lado, há desafios na integração das cadeias globais de valor”, acrescenta Serquiz.

 

Os desafios apontados no estudo da OCDE vão ao encontro do levantamento da Superintendência de Economia da CNI. “As dificuldades no acesso ao crédito e a concorrência desleal com mercados ilegais foram apontados por 25% dos empresários entrevistados”, conclui Serquiz.

 

 

Também na reunião da diretoria da Confederação, o presidente da FIEC, Ricardo Montenegro Cavalcante, apresentou os projetos e iniciativas da federação cearense. Também houve uma apresentação de José Luiz Gordon, diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), sobre a nova fase do Nova Indústria Brasil e do Plano Mais Produção (P+P). Por fim, o industrial Armando Monteiro, presidente do Conselho Temático de Assuntos Tributários e Fiscais (CONTRIF), atualizou a diretoria sobre os temas debatidos no conselho, como a tramitação da Reforma Tributária.