Na solenidade de posse da diretoria da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN) para o quadriênio 2023-2027, o empresário e novo presidente Roberto Serquiz apontou as frentes de atuação de sua gestão no comando da FIERN, defendeu uma aliança entre os poderes, a sociedade e o setor produtivo para a retomada da competitividade do estado e destacou a importância da construção conjunta do desenvolvimento socioeconômico sustentável.
A nova diretoria tomou posse nesta quinta-feira (26), em Natal, em evento prestigiado por empresários, políticos, imprensa e representantes da Confederação Nacional da Indústria (CNI), de Federações das Indústrias de outros estados e de instituições representativas do setor produtivo.
Em seu discurso, Roberto Serquiz ressaltou a necessidade de o Sistema FIERN estar onde a indústria potiguar está, estruturado em três frentes de atuação. “A primeira é o fortalecimento dos sindicatos filiados à Federação, com a criação do Projeto de Meritocracia, que vai estimular os mais engajados na importante tarefa de ampliação da base sindical”, afirmou.
A segunda frente de trabalho é direcionada aos serviços, qualidade e produtividade das casas do Sistema. “Não podemos parar os avanços feitos nos últimos anos. As metas já alcançadas pela FIERN, SESI, SENAI e IEL serão mantidas e ampliadas”, destacou o presidente. “O terceiro eixo de atuação é o relacionamento externo do Sistema FIERN, sempre em defesa e promoção da indústria, com a sociedade civil organizada e suas múltiplas instituições”, acrescentou.
Serquiz ressaltou a necessidade de valorização do empreendedorismo no estado para o impulsionamento da economia potiguar. “O lucro das empresas deve ser respeitado. Sem empresas lucrativas, a economia não resistirá. Defendemos o desenvolvimento sustentável, ou seja, o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro e está traçado a partir de três pilares: social, ambiental e econômico”, expressou.
Nesse contexto, Serquiz anunciou a criação da FIERN Jovem, que surge da necessidade de um olhar mais atento para os jovens empreendedores. “Precisamos trazer os industriais mais jovens para as lutas de interesse do segmento industrial. As lutas, mesmo que sejam conhecidas de todos, precisam contar com a ousadia da juventude. Nos cabe também a complexa responsabilidade em preparar os novos líderes da FIERN”, afirmou.
Ele também pontuou prioridades do segmento industrial e defendeu a formação de uma aliança entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, a sociedade e o setor produtivo do Rio Grande do Norte para a retomada da competitividade do estado. “Insistirei com uma sugestão ao Governo do Estado e aos demais Poderes de que seja formada uma ampla aliança, incluindo os Poderes constituídos, a sociedade e o setor produtivo, que vise a ampliação da nossa infraestrutura, o tão necessário salto educacional e um estado eficiente, resgatando, assim, a capacidade competitiva do nosso Estado”, ressaltou.
“É preciso pensarmos em outras providências para que o Governo não se torne apenas uma entidade administradora da folha de pagamento dos servidores. O Governo do Estado pouco pode fazer se não contar com o decisivo apoio dos demais Poderes e da própria sociedade civil que, sensibilizada diante das perspectivas futuras, deve entender e apoiar a necessidade de reformas mais ousadas para a reorganização administrativa e financeira do próprio ente estatal”, continuou. “Que dê a largada uma reforma administrativa, para que se possa olhar em favor de uma série de medidas urgentes que busquem conter e otimizar despesas”, declarou Serquiz.
Outras demandas primordiais para o desenvolvimento socioeconômico sustentável apontadas pelo presidente da FIERN são o avanço da legislação estadual sobre Parcerias Público-Privadas (PPP) para o campo da regulamentação; o descongestionamento da capacidade de atendimento do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), a partir da descentralização do licenciamento ambiental para os municípios com a revisão da Lei Complementar nº 272, de 2004, assim como a própria autonomia do órgão ambiental; e a imprescindível construção conjunta de uma política industrial para o Rio Grande do Norte, desenhando uma sólida estrada a ser percorrida rumo a uma indústria mais forte.
Ele também enalteceu a importância da construção conjunta do desenvolvimento socioeconômico sustentável a partir do diálogo. “Considero o diálogo a mais altiva lei para a convivência entre as pessoas e, assim, com paciência, perseverança, compartilhamento, vamos estabelecer parâmetros que nos ajudem a ter os melhores resultados e a melhor conduta a partir das decisões colegiadas. Buscarei balizar todas as relações a partir do legítimo interesse da indústria potiguar e do próprio Sistema FIERN”, disse.
“Vamos também contar com a sensibilidade do presidente da CNI, Ricardo Alban, nordestino da Bahia, que, ao conhecer bem nossa realidade, sabe o quanto é imprescindível o apoio da CNI às Federações. Nosso histórico de parcerias que viabilizou projetos relevantes executados pela FIERN e também pelo Sistema Indústria potiguar”, apontou. “O Presidente Amaro Sales de Araújo, a quem devoto particular e veemente gratidão, está na diretoria da CNI na condição de vice-presidente e reforçará a defesa de nossos interesses em Brasília”, completou.
Durante o discurso, Serquiz convidou ao palco da solenidade a nova diretoria empossada para a gestão 2023-2027, aproveitou para agradecer o apoio dos líderes sindicais e reconheceu a importância do aconselhamento e do diálogo. “Não me elegi sozinho ou fruto de um projeto isolado. Conseguimos estabelecer uma proposta consensual com o decisivo e importante apoio de todos os sindicatos da FIERN. A todos os líderes e diretores, meu respeito, gratidão e compromisso. Formarmos um time coeso e vitorioso a favor da indústria e do desenvolvimento sustentável”, concluiu.
A solenidade foi prestigiada por empresários, políticos, imprensa e representantes da Confederação Nacional da Indústria (CNI), de Federações das Indústrias de outros estados e de instituições representativas do setor produtivo.