A Sondagem das Indústrias Extrativas e de Transformação do Rio Grande do Norte, elaborada pela FIERN em parceria com a CNI, revela que, de acordo com a percepção dos empresários, a produção industrial potiguar registrou queda em junho de 2024, após três meses apresentando crescimento. Mesmo assim, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) ficou estável em 77% na passagem de maio para junho. O emprego industrial, por sua vez, registrou novo crescimento – o sexto consecutivo. Já os estoques de produtos finais caíram em relação ao mês anterior, e ficaram abaixo do nível planejado pelo conjunto da indústria.
Em julho de 2024, as expectativas dos empresários potiguares para os próximos seis meses quanto à evolução da demanda, da quantidade exportada, das compras de matérias-primas e do número de empregados seguem positivas, mas observa-se uma moderação do otimismo em três dos quatro indicadores avaliados. A intenção de investimento, por sua vez, voltou a cair.
No segundo trimestre de 2024, os empresários apontaram maior insatisfação com suas margens de lucro e avaliaram o acesso ao crédito como mais difícil do que no trimestre anterior. Além disso, o ritmo de aumento no preço médio das matérias-primas também se acelerou. Apesar disso, reportaram satisfação com a situação financeira de suas empresas.
Falta ou alto custo da matéria-prima, competição desleal (informalidade, contrabando, dumping, etc.), competição com importados, dificuldades na logística de transporte (estradas, infraestrutura portuária, etc.), inadimplência dos clientes, taxa de câmbio e elevada carga tributária foram os principais problemas enfrentados pela indústria potiguar no segundo trimestre de 2024.
Quando comparados os dois portes de empresa pesquisados, observam-se, em alguns aspectos, comportamento divergente. As pequenas indústrias apontaram estabilidade na produção e no número de empregados; queda nos estoques de produtos finais e mostraram insatisfação com o lucro operacional e a situação financeira no trimestre. As médias e grandes empresas, por sua vez, assinalaram queda na produção; aumento no número de empregados; estabilidade nos estoques de produtos finais e reportaram satisfação com a sua situação financeira e a lucratividade.
Comparando-se os indicadores avaliados pela nossa Sondagem Industrial com os resultados divulgados em 19/07 pela CNI para o conjunto do Brasil, observa-se que, de um modo geral, as avaliações convergiram, com a diferença de que os empresários nacionais apontaram estabilidade no número de empregados (indicador de 50,0 pontos).
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