Presidente da FIERN destaca vocação do Estado para a indústria de petróleo, ao conceder entrevista à ONIP

13/01/2025   16h58

 

O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte, Roberto Serquiz, destacou a vocação do Estado para o desenvolvimento da indústria de petróleo. “Há uma vocação histórica para a atividade petrolífera. Hoje, o petróleo representa 60,6% do PIB da indústria do Estado e 12,3% do PIB geral do RN”, afirmou, ao conceder entrevista ao portal da Organização Nacional da Indústria de Petróleo (ONIP).

 

A íntegra da entrevista está disponível no link www.onip.org.br/#/noticia-completa;id=448.

 

 

 

Roberto Serquiz avaliou que a indústria petrolífera potiguar é estratégica para o país. “Como maior produtora em terra, a atividade industrial do RN no petróleo é, sim, estratégica, principalmente por ter potencial para um desenvolvimento ainda mais significativo do que apresenta no seu estágio atual”, disse.

 

O presidente da FIERN apontou que historicamente o RN demonstrou ter potencial para essa atividade. “Os especialistas na área registram que, antes mesmo dos anos 1970, houve as primeiras pesquisas sobre as reservas no subsolo potiguar. Ainda na década de 1940, há registro de iniciativas para esses estudos. Mas, foi, realmente, na década de 1970, com a Petrobras, que tivemos as pesquisas que consolidaram o reconhecimento de bacias”, lembrou.

 

Ele ressaltou que, recentemente, com a entrada de novas empresas no setor, houve uma retomada da atividade e, cada vez mais, a produção petrolífera voltou a ter uma importância para a economia do Rio Grande do Norte.

 

O presidente da Federação salientou novas perspectivas de crescimento. “As descobertas das reservas da margem equatorial – que têm uma extensão de mais de 2,2 mil km, ao longo da costa, que vai do litoral setentrional do Rio Grande do Norte até o Oiapoque, no Amapá — sinalizam um potencial relevante”, disse.

 

“Pesquisas preliminares apontam que a exploração poderá se estender até 2050 com geração de mais de 30 bilhões de barris. Estimam-se investimentos iniciais apenas da Petrobras em US$ 2,3 bilhões. Estudos do Observatório Nacional das Indústrias (CNI) projetam que, iniciada a exploração da margem equatorial, o impacto em um ano de operação fará com que o PIB Industrial do estado do Rio Grande do Norte aumente em R$ 10 bilhões, com uma geração de 54.304 empregos diretos e indiretos, bem como aumento de 19,8% no Valor da Produção estadual”, acrescentou.

 

Roberto Serquiz informou, na entrevista, que a Federação das Indústrias do RN preside o Fórum Potiguar de Petróleo e Gás, associação que reúne stakeholders estratégicos para a agenda local e regional e, entre as maiores preocupações, está a capacidade, velocidade e segurança jurídica dos processos de licenciamento ambiental, em âmbito estadual, para viabilizar esses investimentos.

 

“É inegável que a atividade na margem equatorial será capaz de promover inúmeros benefícios se executada de maneira sustentável. Mas os órgãos e seus respectivos corpos técnicos precisam estar preparados e aptos a desempenharem tais funções sob risco de travarmos investimentos, perdermos janelas de oportunidades e, em última instância, haver desperdício de arrecadação, geração de empregos e impulsionamento da economia local”, defendeu.

 

Ele reconheceu que a parceria com a ONIP vem dando resultados. “Essa parceria permite uma atualização permanente, na qual se pode melhor identificar as tendências e assim sermos mais assertivos nos investimentos e resultados”, avaliou.