Presidente da FIERN destaca papel social, ambiental e econômico do SindRecicla e sucesso de evento

17/06/2024   15h53

 

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN), Roberto Serquiz, participou do encerramento do 3º Fórum de Reciclagem de Resíduos Sólidos do Rio Grande do Norte. Na oportunidade, ele recebeu a ‘Chave da Reciclagem’ feita pelo artista plástico Guaraci Gabriel, a partir de latinhas de bebidas recicladas. Antes de terminar o evento, Roberto Serquiz fez uma avaliação do Fórum e destacou a atuação do SindRecicla-RN.

 

 

“Estou muito feliz em ver o sucesso do SindRecicla, o sindicato que completa dez anos, que tem uma função transversal, porque atende a todas as atividades setoriais da Federação, atende a sociedade. As indústrias que estão aqui [no Fórum] cumprem um papel social, ambiental e econômico, como diz o conceito de sustentabilidade. E tudo que foi discutido e exposto demonstra exatamente a grandeza desse sindicato”, diz.

 

 

Roberto fez questão de frisar que no campo da reciclagem e da sustentabilidade ainda há muito a ser feito. “A cada feira, a cada evento como esse, você abre os olhos de outras pessoas, de outros empresários jovens que querem empreender, porque esse é um ramo que não é mais uma tendência, é uma realidade. Mas há um caminho longo a ser percorrido ainda”, destaca o presidente da FIERN.

 

 

O Fórum de Reciclagem é realizado pelo Sindicato das Indústrias de Reciclagem e Descartáveis do Estado do Rio Grande do Norte (SindRecicla-RN), com apoio da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN), e aconteceu nos dias 13 e 14 de junho, no auditório Albano Franco, na Casa da Indústria, em Natal/RN.

 

 

Para Roberto Serquiz, o evento é também uma oportunidade para conhecer as possibilidades da economia sustentável. “Esse é uma oportunidade porque ele traz exatamente esse momento de motivação, de estímulo, de incentivo, para que as pessoas possam acreditar que a reciclagem e o sindicato das indústrias de reciclagem são sim opções para resolver os graves problemas dos resíduos sólidos, conforme está imposto pela Política Nacional de Resíduos Sólidos”, enfatiza o presidente da FIERN.

 

 

No encerramento, o presidente do SindRecicla-RN, Etelvino Patrício agradeceu a todos que contribuíram para realização do evento. E destacou que o presidente da FIERN foi o idealizador e fundador do Sindicato. “Roberto Serquiz é o idealizador do sindicato, que sempre nos apoiou e também apoia a realização deste evento”, diz Etelvino.

 

 

Patrício destacou ainda as experiências vividas durante o Fórum. “Nós tivemos durante esses dois dias, nesse palco, muitas experiências, muitas pessoas que vieram agregar, as histórias são muito parecidas, são pessoas de muita resiliência, que vieram e mostraram propósitos. E mostraram também que nós podemos, sim, daqui em diante, aplicar todos os ensinamentos que tivemos durante esses dois dias”, disse o presidente do sindicato. “O que faremos quando sair daqui? Será que realmente nós vamos colocar em prática tudo que nós aprendemos? Eu vou pegar as palavras do meu amigo Geraldo Rufino que diz o seguinte, se impactar uma pessoa, o meu evento já valeu a pena, o nosso evento já valeu a pena’, enfatiza Etelvino.

 

 

O encerramento do Fórum contou ainda com a presença do deputado estadual Hermano Moraes; da coordenadora executiva de Relações Institucionais e com Mercado da FIERN, Ana Adalgisa Dias Paulino, e do presidente do Sindmóveis-RN, Ney Robson Alves, que também receberam a ‘Chave da Reciclagem’; do superintendente do SESI-RN, Juliano Martins; e do chefe de gabinete da FIERN, Helder Maranhão.

 

 

 

O Catador de Sonhos

 

O evento realizado com apoio da FIERN contou com palestra do empresário Geraldo Rufino, fundador da JR Diesel. Nascido em Campos Altos, em Minas Gerais, e criado na favela do Sapé, zona Oeste de São Paulo, Geraldo Rufino ganhou o apelido de “catador de sonhos”, título da sua autobiografia, na qual faz a apologia da determinação, do otimismo e da superação.

 

 

O palestrante contou sua história, suas conquistas, suas perdas, as vezes que precisou recomeçar, e enfatizou a importância de saber ouvir, de saber observar quem sabe fazer e que obtém sucesso.

 

 

“Para empreender ou para viver a gente se pergunta: onde é que nós vamos? Nós não vamos sozinhos, nós precisamos do outro. Como é que nós estamos convivendo com o outro? Eu recebi algumas aulas de mentoria. Todos nós precisamos de mentoria, até para não ficar achando que chegou lá. Todos nós precisamos ouvir. E eu tive esse privilégio”, destaca Rufino.

 

 

Ele conta que nasceu em Minas Gerais e foi para São Paulo com quatro anos de idade. “Foi o primeiro erro que meu pai cometeu, por conta da vaidade. Meu pai perdeu a lavoura de café e achou que em São Paulo tinha oportunidade na cidade grande. Isso foi um equívoco. Não é o tamanho da cidade, é o seu tamanho. Oportunidade que você cria, não te dão oportunidade. Você cria oportunidade’, diz.

 

 

“Quando chegamos em São Paulo, qual que é o endereço que se instala alguém que chega numa cidade grande? Na favela. Nos instalamos numa favela. Não que a favela seja ruim, mas não tinha a qualidade que nós tínhamos lá na roça. Morando na favela, eu comecei a aprender valores importantes que foram ensinados pela minha mãe, que todos os dias dobrava os joelhos para agradecer por mais um dia”, conta.

 

 

Ele chamou a atenção de todos para o que existe de bom no Brasil. “O privilégio de mais um dia, alguém te agradeceu hoje? Nós temos o dia, nesse lugar aqui com um paraíso, um dos melhores pedaços do planeta, melhor quantidade de terra produtiva, petróleo, minério, oxigênio por conta das florestas, água doce que vale mais que petróleo, um diamante que vale mais que tudo isso que a natureza nos dá, chamado brasileiro, mas ele não acredita nele”, questiona e afirma.

 

 

E faz mais um questionamento. “Você acredita em você? Eu aprendi muito cedo e a minha mãe dizia que eu podia. Se a sua mãe não disse para você que você pode, se o seu pai não disse para você que você pode. Se ninguém disser, vai no Google ou baixa o tal do vulgo ‘chato GPT’ que ele vai dizer para você que você pode”, disse, arrancando risos da plateia.

 

 

Texto e fotos: Jô Lopes