O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN), Roberto Serquiz, apresentou o caso de sucesso da cooperativa de reciclagem do município de Arez durante o encontro “Diálogos Inovadores sobre Economia Circular”, realizado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região (TRT-RN) e pela Justiça Federal do RN. O evento aconteceu nesta terça-feira (15), na sede do TRT-RN, com a participação do presidente do Sindicato das Indústrias de Reciclagem do RN (SindRecicla-RN), Etelvino Patrício, e de representantes do Poder Judiciário, de órgãos públicos, pesquisadores e instituições que trabalham com o tema.

 

O objetivo do encontro foi fortalecer a ideia da economia circular, voltada para o desenvolvimento e o melhor uso dos recursos naturais, numa reflexão sobre um modelo de negócio que apoie a sustentabilidade da Companhia de Serviços Urbanos de Natal (URBANA), em termos sociais, ambientais e econômicos.

 

 

Serquiz destacou a importância da interação entre a iniciativa privada e o poder público para a economia circular. A cooperativa de reciclagem da cidade de Arez, lançada em dezembro de 2019, foi idealizada pela FIERN e pelo SindRecicla-RN, em parceria com a prefeitura do município. A iniciativa possibilita a coleta de cerca de 20 toneladas de resíduos todos os meses, que são repassados para as indústrias como matéria prima.

 

Para o presidente da FIERN, a cooperativa tem grande potencial para alcançar resultados ainda maiores. “O poder público tem o dever de desenvolver políticas que incentivem iniciativas como essa e de garantir o maior apoio aos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis, uma vez concorrência com lixões a céu aberto, que não garantem a segurança dos catadores ou o processamento adequado dos materiais, é desleal”, destaca Serquiz.

 

 

Já o presidente do SindRecicla-RN, Etelvino Patrício, ressaltou o papel fundamental do setor de reciclagem na Economia Circular. “Nosso papel é monetizar esses produtos, trazendo novamente à cadeia produtiva”, explica. “Consequentemente, associamos à questão social. Hoje, a atividade tem mais de 250 empresas no Rio Grande do Norte, gerando 4 mil empregos diretos, 18 mil empregos indiretos”, completa.

 

O encontro contou com a presença do superintendente Jurídico Corporativo da FIERN, Sérgio Freire, do gerente do Observatório da Indústria Mais RN, Pedro Albuquerque, e teve as participações do juiz federal Caio Diniz Fonseca, de Agnes Dantas (Coletivo RN Lixo Zero), Mariana Nunes (Diretora da PLANTIS), Sérgio Pinheiro (assessor especial da SEMARH-RN), Wilson Cancian Lopes (Consultor Técnico do Consórcio Intermunicipal Multifinalitário da Grande Florianópolis) e a professora Mônica Luna (UFSC).