A Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN) deu continuidade às tratativas sobre a criação de um distrito industrial do setor boneleiro em Serra Negra do Norte, no Seridó potiguar. A equipe técnica da Federação se reuniu com a gestão do município para debater a implantação do polo, na manhã desta terça-feira (23), no Espaço de Desenvolvimento Industrial da Casa da Indústria. A equipe do Observatório da Indústria Mais RN participou da reunião para auxiliar com a elaboração de dados sobre a empregabilidade do setor têxtil no município.

 

A coordenadora de Relações Institucionais e Mercado, Ana Adalgisa Dias, comentou sobre os próximos passos que serão dados para implementação do distrito industrial. “Nós trocamos informações, passamos informações para que a prefeitura possa subsidiar o tamanho do galpão, qual é a ideia que eles têm de centro de capacitação, o plano diretor da indústria na área que será implantado. Nós vamos aguardar esse retorno para que possamos modelar uma minuta de legislação para a área tanto de incentivos, como também a questão urbana do condomínio do polo industrial”, disse.

 

O secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Petrúcio Lima, disse que o encontro foi proveitoso. A gestão do município aproveitou a ocasião para mostrar o projeto do distrito e buscar ideias de mais usos para ele.
“Foi uma reunião extremamente proveitosa. Nós viemos hoje mostrar o projeto do distrito industrial, a primeira etapa que está sendo já organizada e providenciada já lá no município como também traçar estratégias que trilhem o regramento onde vamos estabelecer os critérios que os empresários estarão explorando tanto a parte dos galpões, das lojas”, detalhou.

 

O Distrito Industrial de Serra Negra do Norte será voltado para o setor têxtil, em especial para a fabricação de bonés, que reunirá, além dos fabricantes de bonés, cadeia produtiva de aviamentos, peças e transporte. A proposta, detalha Fernandes, é que o distrito industrial possa abrigar 50 empresas tanto de bonelaria, quanto de setores adjacentes e que fazem parte da cadeia produtiva.

 

A intenção é se firmar como um protótipo desse modelo de produção no estado. A história do município com o setor têxtil começou na década de 90 e hoje tem o segmento com uma de suas principais fontes de renda. Serra Negra do Norte é referência nacional na produção de bonés. A Federação, portanto, deve atuar no desenvolvimento de ações técnicas e gerenciais.

 

Também participaram da reunião os engenheiros de Serra Negra do Norte, Breno Queiróga, Dairle Melo e Naravilca Cardozo; além de Luiz Henrique Guedes da Unidade de Desenvolvimento Industrial a equipe da Thêmata.