CNI avalia que a ampliação dos recursos para a política industrial terá efeitos positivos para a indústria, assim como aconteceu com o agro desde o Plano Safra
CNI avalia que a ampliação dos recursos para a política industrial terá efeitos positivos para a indústria, assim como aconteceu com o agro desde o Plano Safra
O governo federal anunciou na quarta-feira (14) as metas e nichos produtivos priorizados para a missão 2 do programa Nova Indústria Brasil (NIB), voltada ao Complexo Econômico Industrial da Saúde. Também foram anunciados mais recursos para a NIB, que passará a contar com um total de R$ 342,7 bilhões para investimentos na agenda de neoindustrialização.
Os R$ 42,7 bilhões se somarão aos R$ 300 bilhões anunciados no começo do ano e serão oferecidos a partir do aumento de verbas da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e de linhas de créditos do Banco do Nordeste (BNB) e o Banco da Amazônia (Basa), novos parceiros da NIB.
O incremento de valores será todo destinado ao Plano Mais Produção (P+P), que centraliza os recursos da nova política industrial brasileira, a partir de apoio financeiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Finep e da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, avalia que o novo aporte ao orçamento da NIB é mais um sinal positivo do governo ao setor industrial, que está buscando os recursos e ampliando os investimentos privados. Alban fez referência ao Plano Safra, que começou pequeno, há 20 anos, e hoje é uma política fundamental para apoiar e fomentar a produção agrícola nacional.
“A NIB e o P+P representam o começo de um plano de Estado perene, que busca resultados tão positivos quanto os alcançados pelas políticas de apoio ao agropecuário. Nós desejamos fazer na indústria, em 20 meses, o que o agro fez em 20 anos”, enfatiza Alban.
“Essa é a urgência que devemos dar, pois o Brasil não pode esperar para voltar a crescer. Precisamos aproveitar as oportunidades que se abrem no cenário atual para recuperar a nossa economia e melhorar a vida de todos os brasileiros”, acrescenta o presidente da CNI.
O reforço com mais parceiros contribui para a maior coordenação dos instrumentos do governo em torno da neoindustrialização e para a descentralização regional dos investimentos, com o reforço de linhas de crédito do BNB, de R$ 16,7 bilhões, e do Basa, de R$ 14,4 bilhões.