A Comissão Temática de Meio Ambiente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (COEMA/FIERN) recebeu o Diretor-Presidente do Instituto de Gestão das Águas do RN (IGARN), Paulo Sidney, para a reunião que aconteceu na tarde desta quarta-feira (8), na Casa da Indústria. O diretor do IGARN apresentou o novo Sistema Integrado de Gestão de Águas do RN (SIGA), que facilita a requisição de outorgas para uso da água.
A reunião foi liderada pelo presidente da COEMA e vice-presidente da FIERN, Marcelo Rosado, que enalteceu a iniciativa do IGARN de garantir celeridade e facilitar o processo de requisição das outorgas. “O processo online permite que o empreendedor regularize a outorga remotamente e de forma mais simples e acessível”, comenta. “Com essa outorga, há facilidade para financiamentos que viabilizem empreendimentos, seja comercial, industrial ou agropecuário”, acrescenta Marcelo.
O SIGA está disponível no link https://siga.igarn.rn.gov.br/.
Lançado no último dia 11 de setembro, o sistema já reduziu, em média, 50% do tempo de análise das requisições, de acordo com o diretor-presidente do IGARN. “No início do ano, o tempo médio era de 60 dias e, com menos de dois meses do SIGA, já reduzimos para cerca de 30 dias. Além disso, com os ajustes e melhorias constantes e maior familiarização da equipe de analistas ao sistema, a expectativa é que esse prazo diminua ainda mais”, destaca Paulo.
“Com isso, acreditamos que o Estado aumenta sua eficiência, presta um serviço de melhor qualidade e, consequentemente, contribui para o desenvolvimento socioeconômico”, completa.
Outro tema abordado na reunião foi a segurança hídrica dos municípios potiguares. O chefe do IGARN apontou que, enquanto algumas regiões têm reservas seguras, outras estão em situação mais delicada.
“O Seridó tem uma situação mais crítica. Temos 11% de volume dos reservatórios, em média, o que pode apesentar uma situação de colapso em um intervalo de tempo muito próximo, seja em fevereiro ou março, caso não tenhamos uma boa quadra invernosa”, frisa Paulo.
De acordo com o presidente do COEMA, o tema é fundamental para a indústria. “É importante para a FIERN participar dessa discussão. Existem investimentos em andamento em diversas áreas do estado e precisamos entender como esses empreendimentos podem conviver nessas realidades”, afirma.
“O IGARN já está em diálogo com municípios para conseguir colocar algum plano em ação para evitar um colapso caso não haja um período chuvoso no próximo ano e nós pautamos esse debate para também entendermos e contribuirmos com esse tema”, conclui Marcelo.
Ainda na reunião, a gerente de Clima e Energia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Juliana Falcão, falou sobre a estratégia da indústria para uma Economia de Baixo Carbono. Na apresentação, ela destacou a importância do tema para a indústria, mostrou as principais legislações sobre o tema em vigor e em tramitação e comentou sobre o potencial estratégico das energias renováveis.
Texto e fotos: Guilherme Arnaud