A governadora eleita, Fátima Bezerra (PT), fez, durante o seminário do Motores do Desenvolvimento, uma convocação aos Poderes constituídos, aos empresários, aos trabalhadores e à sociedade para que seja firmado um pacto que permita ao Rio Grande do Norte ter equilíbrio financeiro e retomar o crescimento econômico. Ela disse que propõe este pacto inspirada no teor do MAIS RN, projeto apresentado pela FIERN, que faz um diagnóstico da situação do Estado e aponta os caminhos para se ter as condições necessárias ao desenvolvimento.
Fátima Bezerra enfatizou que o MAIS RN aponta a necessidade deste amplo entendimento para o Estado voltar a crescer, com investimentos em infraestrutura, e isto será uma referência para o futuro governo. “A hora é de união, solidariedade e compromisso”, destacou. Ela acrescentou que uma meta do governo que inciará em janeiro do próximo ano será a busca do ajuste fiscal, sem crescimento da carga tributária. “Precisamos cortar despesas, ampliar receitas, sem aumento de impostos”, afirmou, na palestra que fez no auditório da Casa da Indústria, durante o Motores, na manhã desta segunda-feira, 19.
A governadora eleita disse que os atrasos nos pagamentos de salários e fornecedores demonstram a gravidade da situação financeira do Estado. Ressaltou que entre as medidas para enfrentar este quadro, a equipe de transição tem estudado a melhoria da recuperação da dívida ativa, que hoje está em R$ 35 milhões por ano e pode, disse, chegar a R$ 200 milhões.
Para Fátima Bezerra, a elaboração de um orçamento público mais realista também é importante para uma gestão eficiente. Ela afirmou que, recomposta as contas públicas, será preciso investir nas áreas fundamentais, entre as quais a da segurança.
Enfatizou que aspectos positivos nesta fase de transição foi a garantia de continuidade do financiamento do Banco Mundial ao programa RN Cidadão. Fez também o prognóstico de que as obras da barragem de Oiticica, no município de Jucurutu, serão concluídas no final de 2019, com recursos assegurados no Orçamento Geral da União, em emendas da bancada federal.
“Sou otimista. E não me conformo que, com tanto potencial de riqueza, o Estado não tenha transformado isto em cidadania. Vamos assegurar um novo caminho para o Rio Grande do Norte”, concluiu.