O Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), referência na pesquisa e no desenvolvimento de inovações para o setor, com foco principal de atuação em energia eólica e solar, foi homenageado em um evento de celebração pela instalação de 10 gigawatts (GW) de capacidade de geração de energia eólica no Rio Grande do Norte. O evento foi realizado, na noite da última sexta-feira (23), pelo Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (CERNE), em parceria com a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica).
A homenagem foi recebida pelo diretor regional do SENAI-RN e do ISI-ER, Rodrigo Mello. “É um orgulho fazer parte da história desse setor industrial e os 10 GW são uma marca histórica e representativa”, destaca. “Há cerca de 20 anos esse setor não existia no Rio Grande do Norte e surgiu, do zero, a partir da soma de esforços de pessoas, empresas e instituições para posicionar nosso estado em um lugar importante”, conta Rodrigo.
“A FIERN, através do SENAI, tem um papel fundamental nessa história, desde a formação dos primeiros profissionais, no início do século, até hoje, em que temos trabalhado no desenvolvimento de tecnologias e geração de dados para a tomada de decisões das empresas”, completa.
A governadora Fátima Bezerra, também homenageada na noite, ressaltou números do setor eólico no RN, que chegou à marca de 304 parques eólicos em operação, e disse que o próximo passo é ultrapassar a fronteira do Offshore, em conjunto com o Hidrogênio Verde. “Recentemente foi assinado o primeiro contrato do Rio Grande do Norte para a compra e produção do Hidrogênio Verde, e melhor ainda, destinado para a construção civil, fomentando a geração de empregos”, celebrou.
Fátima também destacou a importância de desenvolver infraestrutura e logística adequada para dar vazão ao potencial das energias renováveis. “Uma reflexão fundamental que não se pode perder de vista é que esse imenso potencial que o Brasil tem, notadamente no Nordeste, deve se voltar para industrializar a região”, enfatizou a governadora.
O presidente do CERNE, Darlan Santos, relembrou a trajetória do setor eólico no Rio Grande do Norte, destacando o primeiro leilão de energia de reserva, em 2009, responsável por trazer vários dos projetos que hoje estão em operação. “Esses 10 GW representam bastante coisa para o Rio Grande do Norte e, em função do seu tamanho no setor de geração de energia eólica para o Brasil, também é um número muito importante para o país”, declarou.
O evento de celebração pelos 10 GW instalados no RN reconheceu dez personalidades e dez empresas e instituições com trabalhos fundamentais em prol do setor eólico no estado.
Receberam as homenagens a governadora Fátima Bezerra; o senador em exercício pelo RN e ex-presidente da FIERN, Flávio Azevedo; o ex-senador pelo RN e ex-presidente da Petrobras, Jean Paul Prates; a ex-governadora Wilma de Faria, representada pelos seus filhos; a presidente-executiva da ABEEólica, Elbia Gannoum; o professor Everaldo Alencar; o engenheiro pioneiro nas medições de recursos eólicos no Brasil, Odilon Camargo; o ex-diretor de Gás e Energia da Petrobras, Alcides Santoro; o escritor especialista em energia eólica Milton Pinto; e o advogado especialista em Direito da Energia, Diogo Pignataro.
As empresas e instituições homenageadas na noite foram o ISI-ER, Neoenergia, CPFL, EDP Renováveis, Dois A Engenharia; Sebrae-RN, Serveng, Voltalia e Cortez Engenharia.
Sobre o ISI-ER
O ISI-ER está em operação no Hub de Inovação e Tecnologia (HIT) do SENAI-RN, em Natal, numa área construída de 3.200 m², onde os profissionais do instituto atuam em parceria com as empresas para criar soluções inovadoras para o desenvolvimento da cadeia de energias renováveis, objetivando o aumento da eficiência dos equipamentos e a ampliação do uso de energias renováveis na matriz elétrica brasileira.
Faz parte da maior rede privada de institutos de pesquisa, desenvolvimento e inovação criada no Brasil para atender as demandas da indústria, composta por 26 Institutos SENAI de Inovação. Atua com foco em energia eólica, solar e sustentabilidade, incluindo novas tecnologias como o hidrogênio verde.
Texto e fotos: Guilherme Arnaud