Infraestrutura e energia são temas de debate na 37ª edição do EEBA

16/09/2019   21h00

 

 

Líder na geração de energia eólica do país, ultrapassando os 4 Gigawatts com 151 parques em operação, o Rio Grande do Norte é palco da 37ª edição do Encontro Econômico Brasil-Alemanha, realizado no Centro de Convenções de Natal, nos dias 16 e 17 de setembro. O potencial energético e os desafios da infraestrutura entraram em cena no painel “Infraestrutura e Energia – Eficiência por meio da inovação e tecnologia”.

 

 

O debate reuniu Agnes Maria de Aragão da Costa, chefe da Assessoria Especial em Assuntos Regulatórios, Ministério de Minas e Energia; Oliver Pietz, Diretor Executivo para América Latina, DB Engineering & Consulting; Henrique Petersen Paiva, chefe de Assuntos Governamentais e Sustentabilidade da Siemens Brasil e Verônica Sanchez da Cruz Rios, da Secretaria Especial Adjunta, PPI.

 

 

 

 

Abrindo o debate, Agnes da Costa, do Ministério de Minas e Energia, citou o setor da energia como um bom exemplo de eficiência por meio da inovação e tecnologia. “A gente tem pautado nossas ações com objetivo de mais transparência e sinais mais claro para os investidores e temos tido respostas positivas quanto a isso”, afirmou Agnes.

 

Oliver Pietz, da DB Engineering & Consulting, trouxe a contribuição do ponto de vista alemão. Representante da principal operadora ferroviária da Alemanha e uma das maiores empresas de transportes do mundo, Oliver ressaltou a importância da ampliação de concessões para o crescimento nos setores de infraestrutura e energia. Além disso, defendeu a expansão do uso de ferrovias para escoamento de cargas. “É de extrema importância avançar no uso de ferrovias para o transporte de containers, desafogando as rodovias e diminuindo custos”, disse o alemão.

 

 

O chefe de Assuntos Governamentais e Sustentabilidade da Siemens Brasil, Henrique Petersen Paiva, abordou o uso das energias renováveis. A Siemens é uma empresa com atuação global, com projetos que envolvem turbinas eólicas e de gás, além de sistemas de automação para trens de alta velocidade e máquinas de ressonância magnética.

 

Até 2030, a companhia pretende reduzir a emissão de dióxido de carbono a zero, mostrando que a iniciativa não é apenas possível, mas também rentável. Henrique Petersen destacou a demanda do consumidor pela escolha da fonte de energia utilizada. “É uma marca dessa geração, eles se importam muito isso. Eu acredito que viabilizar essa escolha fomenta ainda mais o uso de novas tecnologias”, afirmou o representante da Siemens Brasil.

 

 

Ele também ressaltou a importância de uma reflexão e planejamento a longo prazo para a matriz energética do país, e sobre o uso de energias renováveis. “Nós não podemos esquecer que a questão do gás renovável é extremamente estratégica. Temos que ter em vista que fontes renováveis são intermitentes. Ou seja, estão sujeitas a fatores não controláveis. Por isso, elas precisam ser vistas como energias complementares”, afirmou.

 

 

A programação também teve contribuição de Verônica Sanchez da Cruz Rios, da Secretaria Especial Adjunta, que apresentou alguns dados sobre Programa de Parceria de Investimentos (PPI), responsável por resultados expressivos alcançados para infraestrutura e economia do país.

 

 

Verônica destacou a necessidade de investimentos em saneamento básico no Brasil. “Temos 100 milhões de brasileiros sem acesso a saneamento no país, ou seja, sem acesso à água tratada em casa. Isso implica em um investimento na ordem de 700 bilhões de reais. E, é uma área que é nosso foco agora”, afirmou a secretária especial.

 

 

Por Laís Maia

Fotos: Eliel Matias