Encontro empresarial ocorre em meio à agenda do presidente Lula com o governo chileno; países assinaram ao menos 18 acordos e outros atos bilaterais
Encontro empresarial ocorre em meio à agenda do presidente Lula com o governo chileno; países assinaram ao menos 18 acordos e outros atos bilaterais
Cerca de 300 representantes dos setores empresariais do Brasil e do Chile e integrantes dos respectivos governos se reuniram nesta segunda-feira (5), no Fórum Empresarial Brasil-Chile, para discutir temas prioritários para o comércio bilateral, como integração nacional, tecnologia, sustentabilidade, energia e minerais estratégicos. Participaram do evento em Santiago, capital chilena, os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e do Chile, Gabriel Boric.
O fórum é organizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos ApexBrasil e pelo ProChile, instituição ligada ao Ministério de Relações Exteriores chileno, com apoio do Ministério das Relações Exteriores do Brasil (MRE) e da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Para o presidente da CNI, Ricardo Alban, encontros como o fórum são importantes para maior integração entre os países. “O Chile é um importante parceiro comercial do Brasil. O fortalecimento dos laços entre nossas economias é fundamental para a expansão das empresas e para o desenvolvimento econômico e social dos dois países”, afirma.
Alban anunciou que a CNI e a Sociedade de Fomento Fabril (Sofofa), côngenere chilena, vão estruturar um grupo de trabalho para mapear complementariedades em agendas e setores de interesse comuns do setor empresarial na relação com os respectivos governos para avançar na pauta de negócios.
“A ideia é aprender um pouco mais com os outros e ganhar tempo. Não temos tempo a perder. Precisamos garantir a nossa competitividade. Podemos fazer melhor e mais rápido juntando os esforços”, pontuou Alban.
O Brasil e o Chile assinaram ao menos 18 acordos e outros atos bilaterais em áreas como ciência e tecnologia, relações comerciais, investimentos, defesa, agropecuária, turismo e direitos humanos. “A integração com nossos vizinhos voltou a ser prioridade para o Brasil. Essa certeza gera confiança para os empresários negociarem”, afirmou o presidente Lula, em discurso no evento.
A entrada em vigor do Acordo de Livre Comércio Brasil-Chile, em janeiro de 2022, abriu novas oportunidades de ampliar as relações bilaterais, especialmente em comércio de serviços, investimentos e compras governamentais. O tratado é o mais moderno e abrangente acordo comercial do Brasil em vigor. A CNI tem atuado para informar o setor privado sobre os principais compromissos acordados e sobre as possibilidades para os empresários.
“O acordo é uma grande referência para o Brasil. É resultado de amplo entendimento em favor de um ambiente mais amigável aos negócios e aumenta a segurança jurídica e a previsibilidade, o que beneficia tanto as empresas brasileiras como as chilenas interessadas em comércio e investimentos”, disse o presidente da CNI durante a abertura do fórum.
Para repercutir e reforçar os compromissos do acordo junto ao setor privado, a CNI publicou o Manual do Acordo de Livre Comércio Brasil-Chile, com detalhes dos benefícios ao setor privado.
Criado em 2020 para impulsionar as negociações do Acordo de Livre Comércio entre Brasil e Chile, o Conselho Empresarial Brasil-Chile (Cebrachile) é um fórum essencial para promover a cooperação e o diálogo entre os dois países e melhorar o ambiente de negócios, com foco na inserção internacional e no crescimento das empresas.
O Cebrachile é uma iniciativa da CNI e de sua contraparte Chile, Sociedad de Fomento Fabril (Sofofa). A seção brasileira é formada por 29 empresas e associações empresariais. O executivo da Eurofarma Walker Lahmann é o presidente do capítulo brasileiro e o empresário Luis Felipe Gazitua preside o capítulo chileno.
Além do presidente da CNI, participaram da abertura do fórum o embaixador do Brasil no Chile, Paulo Pacheco; o embaixador do Chile no Brasil, Sebastián Depolo Cabrera; o presidente da Câmara Chileno-Brasileira de Comércio, Thays Marietto; o presidente da seção brasileira do Cebrachile, Walker Lahmann; o presidente da seção chilena do conselho, Luiz Felipe Gazitúa; a presidente da Sofofa, Rosário Navarro; o diretor-geral da ProChile, Ignácio Fernández; e o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana.
Por: Fernanda LouiseFotos: CNI, ApexBrasil, Ricardo Stuckert / PR