FIERN e Cluster devem integrar projeto para o Planejamento Espacial Marinho do Nordeste

25/09/2024   17h33

 

A região Nordeste poderá ter um Planejamento Espacial Marinho (PEM). Trata-se de um ordenamento das atividades em áreas marinhas para alcançar objetivos ecológicos, econômicos e sociais, algo semelhante a um Plano Diretor do Mar. O projeto com esse objetivo foi apresentado, nesta quarta-feira (25.09), pelo diretor-geral Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura (Funpec), professor Aldo Dantas, da UFRN, aos presidentes da FIERN, Roberto Serquiz, e do Cluster Tecnológico Naval do RN, Amaro Sales.

 

 

O presidente da FIERN destacou que, com a apresentação do professor Aldo Dantas, ficou nítida a relação entre a atuação do Cluster Naval — que foi articulado pela FIERN para que a economia do mar no Estado possa ter um desenvolvimento de acordo com suas potencialidades — e à iniciativa de elaborar um projeto para um PEM na região. Roberto Serquiz disse que a Federação e o Cluster devem apoiar e participar do lançamento do PEM, previsto para novembro.

 

 

“Com essa apresentação, ficou perceptível que há uma conexão entre o Planejamento Espacial Marinho e o Cluster. Então, saímos desta reunião interessados em avançar e participar do lançamento”, reforçou.

 

 

Ele lembrou que o governo do Estado confirmou a intenção de fazer parte do cluster e o PEM também será uma oportunidade de reunir instituições que estejam interessadas em contribuir para o fortalecimento e desenvolvimento da economia do mar no Nordeste e, principalmente, no Rio Grande do Norte.

 

 

Aldo Dantas, durante a apresentação, explicou o significado do PEM para as diversas atividades econômicas em áreas marítimas. “O PEM envolve a necessidade de fazer um ordenamento racional para conseguir mitigar possíveis conflitos de interesse e de uso, além de garantir segurança jurídica. Isso é o fundamental”, observou.

 

 

Ele citou também que esse planejamento pode proporcionar o uso eficiente de recursos no espaço marinho, a ampliação de empregos nessas aéreas, e a incorporação de objetivos favoráveis à biodiversidade.

 

 

O professor destacou que há um potencial de crescimento em setores com aquicultura marinha, pesca, processamento de pescado, atividades portuárias e eólicas offshore. E o PEM pode contribuir para esse desenvolvimento com sustentabilidade.

 

 

Também participaram da reunião o presidente do SINDIPESCA, Gabriel Calzavara; o vice-presidente Arimar França Filho; o assessor de Relações Institucionais do Comando do 3º Distrito Naval, capitão de Mar e Guerra Marco Veppo; o secretário-executivo da Associação do Cluster Tecnológico Naval do RN (ACTN-RN), Daniel Lana Penteado, e consultor da Thêmata, Pablo Ruiz.

 

 

 

Texto e fotos: Aldemar Freire