Estudo vai avaliar potencial de eletrificação de processos industriais
23/07/2024 09h33
Indústrias do segmento de alimentos e bebidas têm até o dia 26 de julho para manifestar interesse em participar de um estudo de viabilidade sobre eletrificação de seus processos térmicos industriais. O objetivo da iniciativa é avaliar o potencial técnico, econômico e ambiental da eletrificação direta da demanda de energia térmica nas indústrias participantes.
Os processos térmicos, que possibilitam o aquecimento e o resfriamento de insumos nas indústrias alimentícias, podem utilizar diversas fontes de energia. No entanto, quando utilizam combustíveis fósseis, esses processos contribuem diretamente para a emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE).
Com a eletrificação direta, a energia térmica proveniente de combustíveis fósseis é substituída por eletricidade de fontes renováveis, como a solar e a eólica.
Assim, o estudo de viabilidade contribui para os esforços de descarbonização das empresas participantes, com benefícios em termos da eficiência energética e da modernização dos parques industriais. O resultado é um produto industrial mais sustentável e competitivo.
Para participar, as empresas interessadas devem atender a um perfil específico que inclui:
Apresentar um compromisso com a sustentabilidade socioambiental, a diversidade e a justiça social;
Demonstrar motivação e interesse em investir na descarbonização de seus processos industriais;
Demonstrar interesse em substituir os combustíveis fósseis utilizados para geração de calor de processo por eletricidade;
Utilizar calor de processo em temperaturas de até 250 graus Celsius e;
Apresentar um consumo de combustíveis fósseis superior a R$ 10 mil por mês.
O estudo será realizado pelo projeto Acoplamento de Setores e Economia Verde (AcoplaRE), que integra a Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável e é implementado pela Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, em cooperação com o Ministério de Minas e Energia (MME) e financiado pelo Ministério Federal da Cooperação Econômica e Desenvolvimento (BMZ), da Alemanha.
O projeto busca contribuir para tornar o transporte urbano e a indústria no Brasil mais neutros ao clima, ecologicamente corretos e socialmente justos.
