Economia potiguar abre 5.774 vagas em julho, recorde em 11 meses

11/09/2024   11h52

 

 

O mercado de trabalho do Rio Grande do Norte registrou a abertura de +5.774 empregos com carteira assinada no mês de julho, saldo da diferença entre +23.091 admissões e -17.317 desligamentos, proporcionando um aumento de 1,12% no estoque (total) de empregados vinculados à CLT. A abertura de vagas no estado vem apresentando uma trajetória de crescimento contínuo desde o mês de março. O último resultado é o maior volume a contar de agosto de 2023, quando +5.884 novos contratos de trabalho foram firmados. Em comparação com junho (+ 4.575 vagas), foram +1.199 vagas abertas a mais. Os quatro grandes setores da economia potiguar assinalaram balanços positivos no mês. Em termos de volume, e por ordem decrescente, a Indústria abriu +2.260 vagas, das quais +1.695 na Indústria Geral e +565 na Construção, com crescimento de 1,85% no conjunto; os Serviços, +1.671 (0,68%); a Agropecuária, +1.477 (9,24%) e o Comércio +366 (+0,28).

 

 

Os fatores que mais influenciaram o comportamento do emprego formal em julho foram praticamente os mesmos do mês anterior, com as diferenças de que as contratações para a produção e refino de açúcar da safra 2024/2025, que apenas haviam começado, ganharam impulso; além disso, a indústria de Confecção do vestuário iniciou o processamento das encomendas de fim de ano. Mas a Agropecuária deu continuidade à abertura de vagas temporárias para a safra do melão e a Construção de imóveis persistiu desacelerada – o que não é incomum nessa época do ano –, enquanto novas admissões em Obras de infraestrutura vêm compensando os desligamentos da primeira. Ao mesmo tempo, o setor Serviços mantém há meses seu perfil de contratações em Atividades administrativas e serviços complementares, como Serviços combinados para apoio a edifícios (exceto condomínios prediais) e Apoio administrativo e outros serviços prestados às empresas, como Teleatendimento; e o Comércio varejista abriu postos de trabalho no segmento do vestuário e acessórios e de reparação de veículos automotores e motocicletas.

 

 

No conjunto do Brasil e do Nordeste, os respectivos balanços do Novo CAGED continuaram positivos em julho, com +188.021 (0,40%) e +39.341 (0,51%) novas contratações, mas em volumes inferiores aos do mês anterior, que corresponderam a +205.905 e +48.493 empregos, na mesma ordem.

 

 

DESTAQUES DA INDÚSTRIA POTIGUAR EM JULHO

Em termos de atividades industriais individualizadas, a manufatura de Alimentos (+755 vagas) foi o principal destaque do mês, com a Fabricação e refino de açúcar. As Obras de infraestrutura (+414) ficaram em segundo, com os segmentos de Obras de arte, Rodovias e Urbanização, refletindo as execuções e conclusões de obras em período prévio às eleições municipais. Ainda na cadeia da Construção, na 5ª posição, aparecem os Serviços especializados (+101), com Instalações elétricas e Demolições e preparo de terrenos; e na 10ª, a Construção de edifícios (+50). A Confecção de artigos do vestuário e acessórios ficou em terceiro lugar (+410); a Fabricação de Produtos de minerais não-metálicos, em 4ª posição (+126), com Estruturas pré-moldadas de cimento armado em série ou sob encomendas, normalmente utilizadas em torres de geração eólica, e Cerâmica estrutural para construção (telhas e tijolos).

 

 

No segmento de Coque, fabricação de derivados do petróleo e de biocombustíveis (+91), 6ª posição, as contratações foram destinadas aos segmentos de Biocombustíveis (+81) e Derivados de petróleo (+10); destaquem-se, ainda, Extração de minerais não-metálicos (+87) em 7ª posição, com sal marinho; Esgoto e atividades relacionadas (+64), em 8ª; e Atividades de apoio à extração de minerais (+59), nos segmentos de petróleo e gás, em 10ª. Por outro lado, os destaques negativos foram apenas dois e bem menos representativos comparados aos volumes das contratações: Manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-37) e Produtos de borracha e material plástico (-12).

 

 

De janeiro a julho, a indústria potiguar registrou saldo de +6.124 vagas abertas, com aumento de 5,19% no total de empregados existentes no início do ano. A Construção Civil proporcionou +3.616 vagas e a Indústria Geral +2.508 (sendo, 1.827 na Transformação; 422 nos serviços de Águas, esgotos e gestão de resíduos; 273 nas Extrativas e -14 em Eletricidade e gás). Quanto aos destaques individualizados, mesmo com o menor fôlego dos últimos dois meses, a Construção de edifícios sustentou a liderança das contratações no balanço dos primeiros sete meses do ano (+2.083).

 

 

A cadeia contou com o reforço das Obras de infraestrutura (+861), na 3ª posição, e dos Serviços Especializados para construção (+672) na 5ª.  Em segundo lugar, os Alimentos (+974) foram o destaque, com Panificação, Conservas de frutas (provavelmente castanhas de caju), Produtos de carne, Laticínios e Preservação de pescados e manufatura de derivados. Note-se que o volume de contratações para o fabrico de açúcar no mês de julho ainda não chegou a impactar o balanço acumulado no ano do segmento, mas apenas compensou os cortes do pós-safra anterior. A Confecção do vestuário assinalou a 4ª posição (+854), refletindo o início do processamento das encomendas de fim de ano; a Fabricação de produtos de minerais não metálicos ficou em sexto lugar (+458), com Blocos pré-moldados de concreto armado e, em volumes mais modestos, outros insumos para Construção, como Cimento, Fibrocimento, Artefatos de gesso e Aparelhamento de pedras. Coleta e recuperação de resíduos ficou em 7ª posição (+318).

 

 

Vale destacar, também, as contratações para a Extração de minerais não-metálicos (+248), com o Sal marinho mais destacado, seguido dos agregados para Construção; Manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (+157), Produtos de Metal (+137), serviços de Esgotos e atividades relacionadas (+110) e Fabricação de móveis (+104). No que tange aos saldos negativos, predominam as -1.102 vagas, em Coque, derivados de petróleo e de biocombustíveis, influenciado pelo corte de -1.159 em Biocombustíveis (dispensas de mão de obra após a safra 2023/2024), que aos poucos deve se desfazer à medida em que aumentem as contratações para o ciclo de fabricação de álcool 2024/2025. Maiores detalhes podem ser visualizados no gráfico correspondente ao período janeiro – julho.

 

 

Na passagem de junho para julho de 2024, o total de empregados da indústria vinculados à CLT no Rio Grande do Norte aumentou de 121.920 para 124.180. Em julho de 2023, o estoque correspondia a 116.763 pessoas.

 

 

Mais informações, acesso a Síntese do Novo CAGED – Julho 2024 na íntegra: https://www.fiern.org.br/wp-content/uploads/2024/09/Novo%20CAGED_julho%202024.pdf