A Rede de Observatórios do Sistema Indústria e o Observatório Nacional da Indústria mapearam quais são os estados com mais ativos em ciência e inovação do país e quais os principais setores. Os dados estão no Atlas da Inovação, lançado nesta quarta-feira (31). Ele mostra São Paulo líder na quantidade de ativos, com 27,6% do total brasileiro. Em seguida vem o Rio Grande do Sul (10%), Minas Gerais (9,6%), Paraná (9%) e Rio de Janeiro (8,3%). Juntos, eles concentram 64,5% de todos os ativos do Brasil.
“O Atlas da Inovação vai permitir que os mais variados players do ecossistema de inovação se conheçam de forma a potencializar a colaboração entre eles”, afirma o especialista em políticas e indústria, Valdir de Assis. “Um centro de pesquisa especializado em inteligência artificial pode auxiliar uma empresa que necessite dessa tecnologia em algum processo produtivo industrial. O objetivo é facilitar essa comunicação, onde a demanda de um vai ser atendida pela expertise do outro.”
Ativos são todos os elementos tangíveis e intangíveis que contribuem para o avanço e aplicação do conhecimento científico e tecnológico do país, além de promover processos de inovação. Laboratórios, incubadoras, patentes e centros de pesquisa são alguns dos exemplos. No estudo, mais de 140 mil ativos foram mapeados. Patentes são o ativo de inovação que lidera a corrida tecnológica brasileira, com mais de 48 mil patentes registradas. Em seguida vêm grupos de pesquisa e laboratórios. Já os principais setores são: tecnologia da informação e comunicação, energia e saúde.
O mapeamento da educação
Apesar das regiões Sudeste e Sul concentrarem a maior parcela de ativos em ciência e inovação no Brasil, a região norte desponta no indicador educação. Os estados de Amapá (6,93), Roraima (6,57) e Rondônia (5,37) lideram o ranking da razão entre formandos nos cursos de Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM) e empresas potencialmente inovadoras. Os estados formam muito mais profissionais do setor de inovação do que as empresas locais podem absorver. No sentido contrário estão Distrito Federal (0,42), São Paulo (0,52) e Rio de Janeiro (0,78), que demandam mais profissionais para atender à demanda dos mercados locais.
Educação tecnológica no Brasil:
- Cursos de pós-graduação STEM: 8735
- Escolas técnicas: 7395
- Instituições de ensino superior: 2574
- Institutos federais de educação profissional, científica e tecnológica: 645
- Escolas técnicas SENAI: 472