Conheça o Atlas da Inovação desenvolvido pela Rede de Observatórios da Indústria

6/08/2024   10h53

A Rede de Observatórios do Sistema Indústria e o Observatório Nacional da Indústria mapearam quais são os estados com mais ativos em ciência e inovação do país e quais os principais setores. Os dados estão no Atlas da Inovação, lançado nesta quarta-feira (31). Ele mostra São Paulo líder na quantidade de ativos, com 27,6% do total brasileiro. Em seguida vem o Rio Grande do Sul (10%), Minas Gerais (9,6%), Paraná (9%) e Rio de Janeiro (8,3%). Juntos, eles concentram 64,5% de todos os ativos do Brasil.

 

 


“O Atlas da Inovação vai permitir que os mais variados players do ecossistema de inovação se conheçam de forma a potencializar a colaboração entre eles”, afirma o especialista em políticas e indústria, Valdir de Assis. “Um centro de pesquisa especializado em inteligência artificial pode auxiliar uma empresa que necessite dessa tecnologia em algum processo produtivo industrial. O objetivo é facilitar essa comunicação, onde a demanda de um vai ser atendida pela expertise do outro.” 


 

 

Ativos são todos os elementos tangíveis e intangíveis que contribuem para o avanço e aplicação do conhecimento científico e tecnológico do país, além de promover processos de inovação. Laboratórios, incubadoras, patentes e centros de pesquisa são alguns dos exemplos. No estudo, mais de 140 mil ativos foram mapeados. Patentes são o ativo de inovação que lidera a corrida tecnológica brasileira, com mais de 48 mil patentes registradas. Em seguida vêm grupos de pesquisa e laboratórios. Já os principais setores são: tecnologia da informação e comunicação, energia e saúde.

 

 

O mapeamento da educação

Apesar das regiões Sudeste e Sul concentrarem a maior parcela de ativos em ciência e inovação no Brasil, a região norte desponta no indicador educação. Os estados de Amapá (6,93), Roraima (6,57) e Rondônia (5,37) lideram o ranking da razão entre formandos nos cursos de Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM) e empresas potencialmente inovadoras. Os estados formam muito mais profissionais do setor de inovação do que as empresas locais podem absorver. No sentido contrário estão Distrito Federal (0,42), São Paulo (0,52) e Rio de Janeiro (0,78), que demandam mais profissionais para atender à demanda dos mercados locais.

Educação tecnológica no Brasil:

  • Cursos de pós-graduação STEM: 8735
  • Escolas técnicas: 7395
  • Instituições de ensino superior: 2574
  • Institutos federais de educação profissional, científica e tecnológica: 645
  • Escolas técnicas SENAI: 472

 

 

Conheça empresas com potencial inovador

São Paulo é o estado que concentra o maior número de empresas com potencial inovador, com 3.571 negócios que representa 38,7% do total no país. Rio Grande do Sul ocupa o segundo lugar do ranking com 1.202 empresas (13%), seguido do Paraná (757), Santa Catarina (718) e Minas Gerais (591). Os estados com menos empresas do tipo são Roraima (3), Rondônia (9) e Acre (11).

Empresas com potencial inovador no Brasil: 

  • Startups: 1631
  • Empresas beneficiadas com a Lei do Bem: 3978
  • Empresas com financiamento do BNDES para inovação: 561
  • Empresas beneficiadas com financiamento não reembolsável: 405
  • Empresas residentes em parques tecnológicos: 2664

 

 

 

Atlas da Inovação

Desenvolvido pela Rede de Observatórios do Sistema Indústria, o Atlas da Inovação traz informações sobre o panorama da inovação no Brasil. O objetivo é favorecer a troca de informações estratégica e ajudar a identificar onde estão os polos de desenvolvimento, as empresas com potencial de inovação e os insumos. O levantamento, a partir do cruzamento dos dados verificados, revela a identidade da inovação no país.

 

 

“O Atlas da Inovação traz um mapeamento completo sobre onde está a inovação brasileira e quais os desafios que temos que vencer daqui para frente. Serve para auxiliar políticas públicas, investimentos, universidades e empresas. Fizemos cruzamentos de dados inéditos que trazem um panorama nunca visto na área de inovação do país”, explica o superintendente do Observatório Nacional da Indústria Márcio Guerra.