Políticas de Economia Circular, o potencial e a capacidade de reciclabilidade das empresas do Rio Grande do Norte, bem como a exploração e o uso da madeira da Caatinga, foram os assuntos discutidos pela Comissão Temática de Meio Ambiente (COEMA/FIERN). Realizado na tarde desta segunda-feira (20), o encontro reuniu empresários, representantes de órgãos públicos do município e professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), na Casa da Indústria.
O presidente da comissão, Marcelo Rosado, demonstrou satisfação pelo amplo interesse dos empresários e representantes em endossar a discussão sobre desenvolvimento sustentável. “É muito satisfatório ver que muitas pessoas estão interessadas nos temas que nós estamos tratando na COEMA. Essa agenda faz com que a gente perceba que estamos apenas no início”, disse.
Rosado citou que a FIERN, em consonância com uma agenda mundial, está engajada em contribuir para a sustentabilidade. “Nós temos, na agenda ambiental do país, compromissos que envolvem a presidência da República com outros países, com outras nações, no sentido de ter uma melhor proteção ambiental. A economia circular, os créditos que são gerados com as empresas que são comprometidas com isso, a tecnologia envolvida para que você tenha um melhor aproveitamento do resíduo, tudo isso está interligado”, complementou.
O diretor da FIERN e presidente do Sindicato da Indústria da Reciclagem (SINDRECICLA-RN), Etelvinio Patrício, fez uma apresentação sobre o potencial e a capacidade de reciclagem das empresas potiguares. “Estamos procurando evidenciar essas atividades e pensar o que queremos para o Brasil do amanhã”, disse. Ele explicou que a atividade gera aproximadamente 3,8 mil empregos em empresas de reciclagem e emprega indiretamente cerca de 18 mil catadores.
Patrício detalhou ainda os volumes mensais da reciclagem no RN, que recicla cerca de 2,7 mil toneladas de metais não ferrosos; 1,5 mil toneladas de madeira; 2 mil toneladas de vidro; 3,8 mil toneladas de plástico; 6 mil toneladas de papelão; 6,2 mil toneladas de ferro e 4 mil toneladas de RCC.
Além dele, a CEO da Startup PRAD Sustentabilidade e Diretora Técnica da Câmara de Economia Circular do município de Fortaleza, Ana Luiza Sousa, liderou a discussão sobre “Políticas de Economia Circular e Créditos Verdes”. Ela discorreu sobre o conceito de economia circular e também trouxe exemplos de outros países com prática sustentáveis. “As políticas de economia circular são fundamentais para promover a sustentabilidade a longo prazo”, comentou.
A exploração e o uso da madeira da Caatinga sob aspectos sustentáveis foram tema da palestra da professora Rosimeire Cavalcante, engenheira florestal e coordenadora do Grupo de Estudos em Energia da Biomassa (EAJ/UFRN). Ela fez uma análise da evolução anual da cobertura e uso da terra da Caatinga, falou sobre a preservação do bioma. “Preservar a Caatinga irá impactar em nosso povo uma vida muito diferente, para melhor”, declarou.
Também estiveram presentes na reunião a coordenadora executiva de Relações Institucionais e com o Mercado, Ana Adalgisa Dias; Carlos Vinícius Aragão, presidente do SINDICER-RN; Maria da Conceição Tavares, presidente do SINDPLAST-RN; Joafran Nobre, presidente do SICRAMIRN; Ivanaldo Maia, presidente do SINDIPAN-RN; Rubem Botelho Medeiros, representando a URBANA; Francisco Assis de Medeiros, representando o SINDMÓVEIS-RN; Gilbrando Medeiros Trajano, pelo SINDUSCON; além de representantes do IBAMA, UFRN, IGARN, SEMARH e SEDRAF.