CNI vai colaborar com programa Open Industry, da Associação de Internet das Coisas

14/01/2025   10h51

Confederação Nacional da Indústria assinou Memorando para integrar Conselho de Administração e Gestão do programa, que quer impulsionar economia digital baseada em dados no Brasil

 

CNI vai colaborar com programa Open Industry, da Associação de Internet das Coisas

 

 

Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Associação Brasileira de Internet das Coisas (ABINC) assinaram Memorando de Entendimentos (MOU) para colaboração no Programa Open Industry. Concebida e desenvolvida pela ABINC, a iniciativa aborda um dos maiores desafios da indústria brasileira: a baixa utilização de dados gerados em operações industriais. Do ponto de vista estratégico, o programa visa inserir o país na nova economia de dados global.

 

 

Um dos pilares do programa são os Espaços de Dados, infraestruturas descentralizadas que permitem o compartilhamento de dados entre empresas, de forma segura e controlada, preservando a propriedade e soberania deles, e permitindo a criação de novos modelos de negócios.

 

 

O apoio da Confederação inclui sua participação no Conselho de Administração e Gestão do Open Industry. Segundo dados do programa Nova Indústria Brasil (NIB) do governo federal, mais de 96% dos dados gerados pela indústria no Brasil não são utilizados para a tomada de decisões ou otimização de processos, enquanto o volume global cresce exponencialmente, ano após ano.

 

 


“Os dados são o principal ativo de valor da nova economia digital e o combustível da inteligência artificial, mas, para inserir o país na nova economia de dados global, é preciso que os dados sejam melhor utilizados e mais compartilhados entre as empresas”, afirma o vice-presidente da ABINC, Flavio Maeda.

 

 


Mais produtividade e competitividade

Para Rodrigo Pastl, a CNI terá muito a contribuir com a aliança entre os setores públicos e privados, no intuito de desenvolver e promover a interoperabilidade de dados em diferentes setores industriais.

 

 

“O Brasil tem a possibilidade de se tornar uma das potências mundiais em economia de dados.
Habilitar nossa indústria na economia digital será primordial para aumentar a produtividade nacional, tornando nossas empresas mais ágeis e eficientes, sustentáveis, modernas, seguras e com soberania sobre os dados”, acredita.

 

A ideia é conectar o programa com outros planos e iniciativas já existentes no Brasil. Um exemplo é a recente vinculação do Open Industry Brasil ao Plano Brasil Digital 2030+. Por meio da cooperação entre empresas do setor público e privado, o programa deve apoiar o planejamento, a concepção e a execução de projetos nos diferentes segmentos da indústria, resultando em ganhos de produtividade, eficiência e sustentabilidade ao longo de toda a cadeia de valor.

 

 

A abrangência do programa não se limita a indústria manufatureira, incluindo também o agronegócio, logística, transporte e energia.

 

 

Visando a cooperação internacional e o intercâmbio de conhecimento para a inserção no país dessas e outras tecnologias emergentes, o programa Open Industry se beneficiará de parcerias assinadas pela ABINC em 2024 com entidades de relevância internacional, como a International Data Spaces Association (IDSA), sediada na Alemanha, e com a Data Intelligence Offensive (DIO), da Áustria.