Somente na temática Inclusão Social e Combate à Fome e à Pobreza, nove recomendações do setor privado foram totalmente consideradas, o que representa 100% de alinhamento entre os grupos
Somente na temática Inclusão Social e Combate à Fome e à Pobreza, nove recomendações do setor privado foram totalmente consideradas, o que representa 100% de alinhamento entre os grupos
A declaração final da Cúpula do G20 Brasil, publicada nesta segunda-feira (18), incorpora integralmente 15 das 24 recomendações do grupo de engajamento do setor privado, o Business 20 (B20 Brasil). Somente na temática Inclusão Social e Combate à Fome e à Pobreza, nove recomendações do setor privado foram totalmente consideradas, o que representa 100% de alinhamento entre os grupos.
Quatro das recomendações de Desenvolvimento Sustentável, Transições Energéticas e Ação Climática também foram consideradas. A Cúpula do G20 foi realizada nesta segunda (18) e terça-feira (19), no Rio de Janeiro.
Em relação ao tema Reforma das Instituições de Governança Global, o documento final do G20 Brasil trouxe duas das recomendações do B20. Outras sete recomendações foram acatadas parcialmente e apenas duas não foram referenciadas no documento final do grupo das maiores economias mundiais.
Na agenda de Desenvolvimento Sustentável, Transições Energéticas e Ação Climática, o G20 apoia “a implementação de esforços para triplicar a capacidade de energia renovável globalmente e duplicar a taxa média anual global de melhorias na eficiência energética”, corroborando a recomendação do grupo empresarial para acelerar o desenvolvimento e o uso de soluções renováveis e sustentáveis de energia.
Também reforça as metas de redução de emissões de carbono até 2030 e destaca que “as medidas adotadas para combater as mudanças do clima, incluindo as unilaterais, não deveriam constituir um meio de discriminação arbitrária ou injustificável e nem uma restrição disfarçada ao comércio internacional”.
O chair do B20 Brasil, Dan Ioschpe, afirmou que o resultado demonstra a relevância das recomendações do B20 Brasil para o desenvolvimento socioeconômico inclusivo e sustentável. “Reflete a proximidade dos objetivos do B20 e do G20, evidenciada ao longo da presidência brasileira do grupo”, justificou.
No contexto das iniciativas de transformação digital, o G20 reafirma “a importância de facilitar fluxos transfronteiriços de dados e o fluxo livre de dados com confiança, respeitando os marcos legais domésticos e internacionais aplicáveis”, reconhecendo o papel da inclusão digital para alcançar um crescimento sustentável.
A sherpa do B20 Brasil, Constanza Negri Biasutti, citou mais algumas das considerações feitas no documento.
“As recomendações do B20 Brasil incluem a preparação de competências para o futuro do trabalho, a promoção da conectividade universal de indivíduos e empresas, a exploração do potencial transformador da inteligência artificial, a criação de modelos inovadores de financiamento e o fortalecimento do sistema multilateral de comércio são algumas das prioridades que estão refletidas integralmente nas prioridades da Declaração de Líderes do G20”, indicou.
Em complemento à análise da Declaração de Líderes, o B20 monitorou o grau de alinhamento entre as propostas do B20 e do G20 a partir das declarações das reuniões ministeriais do grupo, que ocorreram antes da cúpula e tiveram foco em temas específicos.
Além das 24 recomendações, o B20 apresentou 48 propostas de políticas públicas aos países-membro do G20. Dessas policy actions, 16 estão 100% alinhadas com as proposições do G20; 17 têm 75% de alinhamento; 10 delas estão 50% em sintonia; três alcançaram um percentual de sinergia de 25% e apenas duas dessas propostas não tiveram alinhamento a partir das declarações ministeriais.
O B20 Brasil adotou uma metodologia inovadora para avaliar a responsividade de suas recomendações, permitindo identificar quais propostas já estão alinhadas com as prioridades do G20, que precisam avançar na implementação e quais demandam maior trabalho de convencimento para serem incorporadas nas agendas futuras. Essa abordagem garante maior eficácia, destacando temas cruciais que merecem foco no avanço da implementação nas próximas edições do B20 e no diálogo com o G20. As recomendações foram classificadas em três níveis: totalmente alinhadas, parcialmente alinhadas e não referenciadas.
Para cada recomendação, foi calculado um percentual de alinhamento. Esse valor resulta dos percentuais de convergência atribuído às ações políticas, considerando a seguinte escala:
Foto: Agência Gov
Da Agência de Notícias da Indústria