A Sondagem Indústria da Construção do RN, elaborada pela FIERN em parceria com a CNI, revela que, de
acordo com a avaliação dos empresários, a atividade do setor voltou a crescer em setembro (indicador de
51,0 pontos), após dois meses de queda. Com esse avanço, o índice do nível de atividade encontra-se 8,4
pontos acima do patamar de agosto (42,6 pontos), 5,8 pontos sobre a média para meses de setembro (45,2
pontos), 7,5 pontos superior à sua média histórica (hoje em 43,5 pontos), mas está 3,1 pontos abaixo do
índice de setembro de 2022 (54,1 pontos).
Com o crescimento da atividade, o nível médio de utilização da capacidade operacional (UCO) do setor
avançou de 41% para 42% entre agosto e setembro, enquanto o número de empregados apontou
estabilidade (50,0 pontos), pelo terceiro mês seguido.
Em outubro, as expectativas dos empresários da Construção potiguar continuam otimistas em relação à
evolução do nível de atividade, do número de empregados, das compras de insumos e matérias-primas e
dos novos empreendimentos e serviços nos próximos seis meses. A intenção de investimento também
aumentou.
As principais dificuldades mencionadas pelas empresas do setor no terceiro trimestre corresponderam à
elevada carga tributária e às taxas elevadas de juros, embora estas com menos citações do que no trimestre
anterior, o que pode ser explicado pela redução da taxa Selic, que começou em agosto de 2023. Demanda
interna insuficiente e inadimplência dos clientes coincidiram em segunda colocação no ranking, enquanto
falta de capital de giro ficou em terceiro.
Comparando-se os índices avaliados pela Sondagem Indústria da Construção potiguar com os resultados
nacionais divulgados em 23/10 pela CNI, verifica-se que, contrariamente ao desempenho do RN, o nível de
atividade do setor nacional sofreu retração em setembro (46,2 pontos) e a intenção de investimento voltou
a declinar; o índice de evolução do número de empregados também recuou (48,3 pontos), enquanto o
potiguar vem registrando estabilidade desde julho de 2023 (indicador de 50,0 pontos). Ressalte-se, no
entanto, que no ranking que elenca os três principais problemas enfrentados pelo setor no terceiro trimestre,
as avaliações convergem em dois deles, a saber, taxas de juros elevadas e elevada carga tributária. A
insatisfação com a situação financeira também foi reafirmada pelos dois grupos. Por seu turno, as
expectativas se mantiveram unanimemente otimistas quanto à evolução da atividade, do número de
empregados, das compras de insumos e matérias-primas e dos novos empreendimentos e serviços nos
próximos seis meses.
Para ver a pesquisa na íntegra, favor acessar: https://www.fiern.org.br/wp-content/uploads/2023/10/Sondagem%20Industria%20da%20Const_set2023.pdf