Atividade da Construção potiguar suaviza desaceleração em dezembro, aponta FIERN

30/01/2025   12h25

 

 

 

A Sondagem Indústria da Construção, elaborada pela FIERN em parceria com a CNI, mostra que a atividade do setor continuou desaquecida em dezembro de 2024 pelo quinto mês consecutivo, segundo a percepção dos próprios empresários. Apesar de ter avançado de 40,7 para 43,0 pontos, o índice de nível de atividade continuou abaixo do patamar de 50 pontos, indicando queda, mas menos intensa. O indicador do nível de atividade está 7,0 pontos abaixo da marca de dezembro de 2023 (50,0 pontos) e encontra-se 0,6 ponto aquém da sua média histórica (43,6 pontos).

 

 

O número de empregados também declinou em dezembro pelo quinto mês seguido, passando de 43,0 para 45,4 pontos, igualmente com força atenuada. Por seu turno, o nível médio de utilização da capacidade operacional (UCO) alcançou 45% ante 47% no mês anterior, e está 1 ponto percentual abaixo do índice de dezembro de 2023 (48%). Em relação à sua própria média histórica (hoje em 48%), a UCO encontra-se 1 ponto percentual inferior. Destaque-se, entretanto, que, ao longo dos dez primeiros meses de 2024, a UCO exibiu o patamar mais elevado dos últimos quatro anos; em novembro de dezembro ficou abaixo apenas dos níveis de 2023.

 

 

No que se refere aos indicadores avaliados trimestralmente, os empresários demonstraram estar mais insatisfeitos com a margem de lucro operacional e com a situação financeira de suas empresas em comparação com o terceiro trimestre. Ao mesmo tempo, expressaram suavização na dificuldade de acesso ao crédito. Por sua vez, consideraram que os preços dos insumos e matérias-primas permaneceram no mesmo patamar elevado do trimestre anterior.

 

 

Dentre os principais problemas enfrentados pela Construção potiguar no quarto trimestre de 2024, três são derivados do aumento dos juros: taxas de juros elevadas foram classificadas, de longe, como a principal dificuldade do setor, falta de capital de giro foi assinalada em segundo; em terceiro, se destaca falta de financiamento de longo prazo, que coincidiu em citações com Insegurança jurídica.

 

 

Em janeiro de 2025, as expectativas dos empresários da Indústria da Construção potiguar para os próximos seis meses são de crescimento no número de empregados. Por outro lado, espera-se recuo no nível de atividade, nas compras de insumos e matérias-primas e nos novos empreendimentos e serviços.

 

 

A intenção de investimento do setor também apontou queda, a segunda seguida. Comparando-se os índices avaliados pela Sondagem Indústria da Construção potiguar com os resultados divulgados em 27/01 pela CNI para o conjunto do Brasil, observam-se, em geral, tendências convergentes. Destacam-se, no entanto, divergências em variáveis de âmbito nacional no que diz respeito a expectativas de alta no nível de atividade, nas compras de insumos e matérias-primas e dos novos empreendimentos e serviços nos próximos seis meses (53,8, 53,7 e 52,8 pontos, respectivamente).

 

 

Quanto aos principais problemas, houve coincidência nas taxas de juros elevadas como principal problema, mas, diferentemente do RN, em segundo, os empresários do conjunto do país assinalaram, falta ou alto custo de trabalhador qualificado e elevada carga tributária e em terceiro, falta ou alto custo de mão de obra não qualificada.

 

 

Evolução mensal da indústria

Os resultados da Sondagem Indústria da Construção do Rio Grande do Norte, realizada entre os dias 7 e 17 de janeiro de 2025, mostram que o nível de atividade do setor caiu pelo quinto mês consecutivo em dezembro de 2024.

 

 

O indicador do nível de atividade avançou 2,3 pontos em dezembro de 2024, passando de 40,7 para 43,0 pontos, mas, ao continuar abaixo da linha divisória de 50 pontos, mostra queda no nível de atividade. Mas a intensidade do recuo foi atenuada. Em relação a dezembro de 2023, o índice caiu 7,0 pontos (50,0 pontos), e está 0,6 ponto aquém de sua média histórica (hoje em 43,6 pontos).

 

 

O indicador de evolução do número de empregados também declinou em dezembro de 2024 (recuo de 2,4 pontos), ao passar de 43,0 para 45,4 pontos – a quinta queda seguida, mas igualmente com ritmo moderado. Mas em comparação com dezembro de 2023, o indicador declinou 6,9 pontos (52,3 pontos).

 

 

Para mais informações sobre a Sondagem Indústria da Construção do RN, favor acessar o link:

https://www.fiern.org.br/wp-content/uploads/2025/01/Sondagem_Industria_da_Const_dez2024.pdf