Amaro Sales de Araújo – Presidente da FIERN e do COMPEM/CNI
Hoje à noite saberemos quem governará o nosso estado pelos próximos quatro anos. Estamos convencidos de que, seja quem for o(a) vencedor(a), terá que construir imediatamente um pacto cooperativo das principais autoridades e lideranças públicas, do setor privado e do terceiro setor para resgatar o Estado da situação de insolvência e colapso administrativo em que se encontra. Pacto que envolva todos os poderes estaduais, os municípios e que também engaje o novo Governo Federal, qualquer que seja a coalizão partidária vencedora.
O trabalho de preparação do novo governo precisa começar amanhã, pois a crise que o nosso estado atravessa impõe senso de urgência. Por onde começar?
A situação real do Rio Grande do Norte é crítica e nós já figuramos entre os quatro estados mais problemáticos do país, ao lado do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Mas não se trata agora de buscar culpados, nem de alimentar divisões entre vencedores e vencidos. Pelo contrário, precisamos concentrar todas as nossas energias para atacar as causas, que levaram à degradação do nosso setor público e das condições de vida dos potiguares. Felizmente temos um bom ponto de partida neste sentido: a Agenda Potiguar 2019-2022.
Esta agenda está baseada em cuidadosa análise de pesquisas científicas, dados e fatos da realidade potiguar e também de casos de sucesso de outros estados brasileiros. É uma agenda que vê os problemas e soluções de frente, mas com os pés no chão.
Para os próximos quatro anos, a Agenda Potiguar, entregue ainda no Primeiro Turno, a todos os candidatos ao governo, aos candidatos ao Senado e chefes de poderes e instituições de ensino, tem foco em quatro grandes desafios.
Primeiro, melhorar os serviços públicos e a infraestrutura com ênfase na continuidade, regularidade e melhoria da segurança, saúde, educação, assistência e inclusão social, transportes, recursos hídricos e saneamento.
Em paralelo, melhorar o ambiente de negócios e atrair mais investimentos. Com um ambiente hostil aos negócios privados não teremos investimentos produtivos nem tampouco o crescimento econômico que gera mais e melhores empregos.
Para realizar os dois primeiros desafios, é urgente fazer um ajuste fiscal e melhorar a qualidade do gasto público. Com planejamento, método e disciplina é perfeitamente possível ampliar receitas sem aumentar impostos; reduzir as despesas; e melhorar a qualidade e a produtividade do gasto e da gestão pública potiguar.
Por último, mas não menos importante, será preciso por em prática uma governança cooperativa e solidária, sob a condução comprometida e exemplar do governador/a eleito neste domingo.
A Agenda Potiguar mostra o caminho das soluções com 44 metas ousadas e 180 ações prioritárias. Mas esta agenda só terá chance de sucesso se for assumida e liderada pelo(a) governador(a) eleito(a) este ano, e compartilhada solidariamente por todas as instituições privadas e da sociedade civil e demais poderes públicos do estado.
A hora é de muita união, coragem para tomar as medidas necessárias, que são inadiáveis, e assim fazer o Rio Grande do Norte voltar a ser um lugar seguro para crescer, dinâmico para prosperar e bom para viver.
Publicado no jornal Tribuna do Norte (28.10.2018)