Celebramos o dia da indústria a cada 25 de maio!
De início, destaco a importância da indústria no ciclo virtuoso da economia. Aliás, transcrevo Robson Braga, Presidente da CNI: “ninguém fará um País forte sem uma indústria forte!” Acrescento: ninguém fará um RN mais forte sem considerar a força de nossa indústria. Não é unicamente pelos quase 100 mil empregos gerados ou pela renda circulante a partir da atividade industrial… Tudo é importante, mas deve-se, especialmente, à indústria, os maiores investimentos em ciência e tecnologia. E a tecnologia, quando se aproxima do empreendedorismo, alcança resultados expressivos. Neste sentido é atribuída uma frase a Walt Disney que bem resume a boa combinação mencionada: “é divertido fazer o impossível, pois lá a concorrência é menor”. E tudo isso é indústria!
No Brasil a atividade industrial responde por, aproximadamente, 11% do produto interno bruto, e no RN chega a 19,1%. Algo expressivo que merece melhor atenção.
No âmbito geral, a indústria nacional espera a consolidação de reformas que melhorem o ambiente de negócios, notadamente, as reformas tributária, administrativa e política. Tributária para simplificar e, consequentemente, diminuir o tamanho do custo tributário e sua gestão para as empresas; Administrativa, porque precisamos de um Estado (conceito geral) mais barato, eficiente e menos burocrático; Política para que tenhamos regras perenes, fortalecimento dos partidos políticos e, preferencialmente, coincidência de mandatos para que ocorram eleições somente a cada quatro anos.
O custo da máquina pública nacional, em síntese, precisa ser menor para que as empresas – de um modo geral – tenham menos encargos e mais condições de investimentos no próprio negócio, nas condições de produtividade e em pesquisa, inovação, tecnologia. O dinheiro pago para manter um custo que pode ser menor, pode gerar mais oportunidades de trabalho e, consequentemente, renda para as pessoas. E nada melhor que o trabalho como a melhor política social!
Por sua vez, com melhor capacidade de investimento, as empresas industriais vão acelerar a fase “Indústria 4.0”, verdadeira terceira revolução industrial, que, em apertado resumo, é a composição, em um mesmo processo, do mundo físico, digital, virtual e biológico, tendo o ser humano a devida, necessária, inegociável e importante participação.
Assim, com tais elementos e outros que são inerentes, o Brasil e o Rio Grande do Norte precisam apostar na reindustrialização. A agregação de valor, o uso da tecnologia, a resolução de problemas a partir de uma demanda social, dentre outras características, marcam positivamente a atividade industrial que, sob qualquer análise, é importante para a sociedade e merece evidência e apoio.
Neste 25 de maio, data comemorativa, o Sistema FIERN, fazendo o registro das preocupações necessárias, cumprimentando os empreendedores – verdadeiros heróis da resistência – e os colaboradores das empresas, alimenta o dia com contagiante e visível orgulho de tudo o que faz e de todos que representa no segmento industrial.
Amaro Sales de Araújo, industrial, presidente do Sistema FIERN e diretor da CNI