Roberto Serquiz, industrial, Presidente do Sistema FIERN
Não é a primeira vez e não será a última que falarei um pouco sobre eleições. A indústria acompanha o assunto com visível interesse e sobre tal legitimidade já comentei em artigo anterior. De fato, o debate público acerca de temas relevantes para a economia, seja em qual esfera for, muito interessa ao segmento industrial, posto que medidas de ordem pública interferem diretamente – positiva ou negativamente – na vida empresarial. Aliás, quanto menor a interferência, melhor para todos, inclusive, para a sociedade, considerando que, não raro, as empresas se submetem a elevar custos e assumir obrigações que somente dificultam sua política interna de competividade e produtividade, além de, consequentemente, tornar menos acessíveis os produtos industrializados ou comercializados.
Sobre as eleições 2024, a primeira manifestação da indústria é no sentido de estimular a participação das pessoas, tanto no debate de propostas e análise dos candidatos, quanto efetivamente irem às urnas para a formalização do voto. Assusta-nos sempre que o índice de abstenção passa de qualquer razoável limite. Ora, se não decidirmos com critérios objetivos, justos, outros podem fazê-lo de modo inconsequente ou contagiado pelo recebimento de alguma pessoal e indevida vantagem. E quem por você decidir, muito provavelmente, não fará com o mesmo interesse e comprometimento a avaliação prévia que cada escolha exige. Assim, a participação em cada escolha é fundamental e as razões de avaliação para cada decisão, igualmente, é destacadamente relevante.
Já com o cronograma da execução do calendário eleitoral 2024, o Brasil, neste cenário evidentemente inserido o Rio Grande do Norte, já escolheu muitos dos novos prefeitos, prefeitas, vereadores e vereadoras que tomarão posse no início de 2025. O ente “município” é o alicerce da vida republicana. É aqui, direto ao ponto, onde a vida acontece! Daí, sem sombra de dúvidas, o quanto é importante cada escolha e, antes dela, a avaliação sobre cada projeto, candidatura, partido.
Vários municípios, no território potiguar, realizaram eleições no início do mês de outubro e há muito já divulgaram os eleitos. Há uma diversidade de partidos e forças que bem demonstra que o Rio Grande do Norte é uma sociedade plural com possibilidades diferentes para alinhamentos que contemplam diversas correntes de pensamento. Neste fim de semana, é a vez de os natalenses decidirem, em segundo turno, o futuro governante da nossa capital, alicerçados na esperança e no desejo de mais desenvolvimento social, econômico e ambiental para a nossa cidade.
De minha parte, saúdo a todas, todos e por aqui manifesto, mais uma vez, o quanto a sociedade deveria participar do fortalecimento e da interlocução com os partidos políticos. As conquistas de todos, no sentido da democracia e da ética, devem ser valorizadas. E, ao final, todos ganham, especialmente, o processo democrático (como um todo) que reproduzirá, em votos conclusivos as escolhas feitas pela população. E, afinal, o que mais se busca – a partir da espontânea participação das pessoas – é a aferição da real vontade popular.