O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, defendeu uma mobilização nacional por uma nova industrialização. Esse foi o tom do discurso de posse de Ricardo Alban na Presidência da CNI. A solenidade foi na noite de terça-feira (31.10), em Brasília. Na ocasião, também foram empossados os demais diretores da Confederação para a gestão 2023-2027, entre os quais o presidente da FIERN, Roberto Serquiz, e Amaro Sales, um dos vice-presidentes da CNI.
Na programação que antecedeu a solenidade de posse, em Brasília, houve o anúncio de que presidente da FIERN, Roberto Serquiz Pinto Elias, assume a Presidência do Conselho Temático da Micro e Pequena Empresa da Confederação Nacional das Indústrias (COMPEM-CNI). O anúncio da escolha do novo presidente do COMPEM-CNI foi durante a reunião extraordinária do Conselho de Representantes da CNI.
“Avanços tecnológicos, a digitalização da indústria 4.0, a nova economia verde e a revisão geopolítica das relações comerciais abrem oportunidades inéditas para a indústria no Brasil. Não podemos desperdiçá-las”, destacou Ricardo Alban, ao tomar posse, na solenidade com a participação do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin; do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira; do ministro da Casa Civil, Rui Costa, dos governadores Ibaneis Rocha (Distrito Federal), Jerônimo Rodrigues (Bahia), Romeu Zema (Minas Gerais) e Elmano de Freitas (Ceará).
Segundo Alban, a nova industrialização que se desenha também pede uma nova gestão na CNI. Ele reconheceu o bom trabalho feito pelas últimas gestões, como a do seu antecessor, Robson Braga de Andrade, e pretende intensificar os trabalhos da CNI para dar foco total nos eixos da neoindustrialização.
A solenidade foi acompanhada pelo vice-presidente da FIERN, Francisco Vilmar Pereira, pelo diretor secretário da FIERN, Heyder Dantas, o diretor primeiro tesoureiro, José Garcia Nóbrega, e os diretores Djalma Barbosa da Cunha Júnior, Ednaldo Barreto e Etelvino Patrício.
Ricardo Alban afirmou, na ocasião, que a CNI não faz nada sozinha. “Precisamos de todos. Dos pequenos industriais do interior desse grande país aos grandes industriais brasileiros e globais, que precisam cerrar fileiras com a Confederação. Temos que pensar de forma sistêmica, internacional, nacional e regional”, garante.
Ricardo Alban apontou que terá entre as prioridades, à frente da CNI, o aumento da competitividade e da produtividade das indústrias no Brasil. “A indústria brasileira vem perdendo a capacidade de competir nos mercados globais, o que é retratado de forma cristalina na nossa produtividade. A produtividade da indústria de transformação brasileira caiu quase 1% ao ano desde 1995. Enquanto cada hora trabalhada no Brasil gerava R$ 45 em produtos em 1995, hoje ela gera só R$ 36”, avalia.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) destacou o papel da CNI na representação da indústria para o desenvolvimento do país. Para os próximos meses, ele disse que a Casa trabalhará na formulação de políticas públicas e melhorias legislativas que contribuam para um arcabouço legal que traga segurança jurídica e que remova os entraves ao crescimento dos diversos setores da economia. Essa agenda inclui medidas de desburocratização e de simplificação de regras que melhorem o ambiente econômico.
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que o Brasil terá uma indústria verde e será o protagonista da agenda de descarbonização.
O ex-presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, afirmou ter certeza de que o novo presidente Ricardo Alban saberá imprimir o seu estilo ao Sistema Indústria na busca incessante pela excelência.