A Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) se reuniram, na Casa da Indústria, nesta quinta-feira (5), para concluir o projeto piloto de aprimoramento do Mapa Estratégico da Indústria 2023-2032. O presidente da FIERN, Roberto Serquiz, participou do encontro e destacou a importância do mapa para a indústria potiguar.
“Com o mapa finalizado, teremos uma importante ferramenta para nosso trabalho de defesa de interesses e de promoção da indústria”, destaca Serquiz. “Precisamos, agora, nos debruçar sobre como repercutir esses direcionamentos junto às instituições parceiras”, completa.
Serquiz enalteceu a escolha do Rio Grande do Norte como o primeiro estado para a regionalização do Mapa, que atualmente possui abrangência nacional. “Ficamos muito contentes e gratos por termos sido escolhidos para esse pontapé inicial. É muito importante para nosso estado um trabalho como esse e o mais importante é termos um documento atualizado e conciso para a trabalhar na apresentação dos direcionamentos necessários para o desenvolvimento”, frisou.
O encontro encerrou uma série de reuniões entre diretores, gestores e técnicos das duas instituições para alinhar ações estratégicas de desenvolvimento com os fatores-chave apresentados no plano da CNI.
Ao longo do projeto, que iniciou em outubro, foram realizadas oficinas técnicas em áreas como Ambiente econômico, Baixo carbono, Comércio e integração internacional, Saúde e segurança e relações do trabalho, Educação, Desenvolvimento produtivo, tecnologia e inovação e Infraestrutura. Também foram realizadas entrevistas com lideranças industriais e levantadas as ações da FIERN alinhadas ao Mapa.
Como resultado, as equipes desenvolveram 123 iniciativas para a competitividade potiguar, 40 potenciais novas ações para a FIERN, 16 potenciais novas ações para a CNI, cinco sugestões de iniciativas para o Mapa Estratégico da Indústria e dois novos objetivos para o Mapa, ligados ao desenvolvimento regional e à infraestrutura aeroportuária.
Para a coordenadora executiva de Relações Institucionais e com o Mercado da FIERN, Ana Adalgisa Dias, o projeto é uma oportunidade de regionalizar os critérios definidos no mapa nacional. “Ouvimos as indústrias do estado para especificar os pontos e traçar ações para os próximos anos, principalmente nos pontos sensíveis que impactam diretamente no desenvolvimento do segmento”, afirma.
De acordo com o consultor da gerência de Estratégia e Competitividade da CNI, Rodrigo Souza, o encontro serviu para validar o trabalho realizado junto à equipe da FIERN. “Chegamos a um conjunto de fatores-chave que são fundamentais para que a indústria seja competitiva, com um ambiente de negócios propício para o estímulo às empresas”, comenta. “Agora, esses resultados preliminares serão levados para a validação técnica na CNI”, explica.
Mapa Estratégico da Indústria
O Mapa Estratégico da Indústria 2023-2032 é um documento que apresenta uma visão de longo prazo para o desenvolvimento e o crescimento da indústria brasileira, a partir da identificação dos principais fatores que afetam a sua competitividade.
Lançado no ano passado, a proposta é regionalizar a visão de desenvolvimento, abordando desafios e oportunidades para a indústria de cada estado. Por conta do trabalho consistente do Observatório da Indústria Mais RN em utilizar dados para apontar caminhos para o desenvolvimento econômico, o Rio Grande do Norte foi escolhido como primeiro estado a realizar esse trabalho junto à CNI.
O analista técnico do Observatório da Indústria Mais RN, Pedro Albuquerque, explica que “as propostas de ações pensadas para o Rio Grande do Norte serão hierarquizadas por prioridade e importância para, assim, consolidar o ‘Mapa da Indústria Potiguar’, alinhado ao Mapa Estratégico da Indústria”.