O Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) principal referência do SENAI no Brasil em Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação (PD&I) em energia eólica, solar e sustentabilidade, registrou a classificação de “alto nível de maturidade”, em auditoria tecnológica realizada pelo Instituto Fraunhofer, da Alemanha – maior instituição científica da Europa e uma das líderes mundiais em pesquisa aplicada.
A auditoria foi realizada em setembro deste ano e incluiu análises sobre laboratórios, projetos, cooperação com parceiros e o impacto das atividades. Entre outras conclusões, o relatório de avaliação aponta o alto grau do Instituto nas dimensões de tecnologia base e em termos de cooperação tecnológica. Também sugere rumos para o fortalecimento de conexões internacionais com pesquisas e indústrias, e para as frentes de atuação.
Os laboratórios de ensaios de materiais, de energia eólica, solar e o H2CA (Laboratório de Hidrogênio e Combustíveis Avançados) foram visitados pelos representantes do Instituto alemão.
“A auditoria ratifica que estamos no caminho certo do trabalho que desenvolvemos, com esforços reconhecidos pelo mercado e dentro do modelo internacional de análise de maturidade de institutos de ciência e tecnologia”, diz o diretor do SENAI-RN, do ISI-ER e da FAETI – Faculdade de Energias Renováveis e Tecnologias Industriais do SENAI, Rodrigo Mello.
Inaugurado oficialmente em 2021, no Rio Grande do Norte, o Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis é parte da maior rede de ciência e tecnologia para o setor industrial no Brasil – composta por 28 Institutos SENAI de Inovação (ISIs).
Espalhados por 13 Unidades da Federação, os Institutos fazem a ponte entre a indústria e a academia, por meio do trabalho de mais de 1.560 pesquisadores, desses 47% doutores e mestres.
Equipe
O número de pesquisadores com mestrado no ISI-ER praticamente quintuplicou desde a inauguração da infraestrutura, em 2021. O total com doutorado mais do que dobrou e o contingente com pós-doutorado é seis vezes maior em 2024, segundo levantamento que considera o retrato da instituição até setembro.
De acordo com os dados, a força de trabalho aumentou em todas as áreas da operação – eólica, solar, sustentabilidade e administrativa. A expansão do número de colaboradores chegou a 44,44%, na comparação com 2023, e a 225% ante 2019. Em meio às cerca de 130 pessoas que compõem o quadro, há pesquisadores/as, técnicos/as, administradores/as, estagiários/as, bolsistas e professores/as da FAETI – vinculada ao Instituto.
“O crescimento do mercado das energias renováveis e de sustentabilidade no Brasil, nos últimos seis anos, catapultou a equipe do ISI”, observa Mello. “O nosso desempenho aumentou em 23 vezes em valor da carteira de projetos contratados, em desenvolvimento e entregues no país. Ter mais pessoas altamente qualificadas impulsiona o ecossistema do Rio Grande do Norte realmente como líder em Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação (PD&I) para a atividade”, acrescenta.
A equipe, observa o diretor, possui perfil extremamente diverso. São profissionais de áreas como engenharia (mecânica, civil, elétrica, química e naval), meteorologia, oceanografia, geografia, e tecnologia da informação. “É gente do Brasil inteiro, do Amapá, de Alagoas, do Rio Grande do Norte, da Paraíba, do Sul, de São Paulo, o que sugere que este ecossistema é sim um atrator de grandes talentos”, complementa o diretor.
“Este ambiente”, frisa ainda, “passa a ser o gerador de um ciclo virtuoso, que atrai pessoas de diferentes origens e experiências porque é pujante, produtivo e plural e é pujante, produtivo e plural porque atrai talentos com tanta diversidade”.
Desde sua criação, em 2011, a rede ISI já desenvolveu mais de 3,3 mil projetos de PD&I e teve mais de 1,3 mil empresas atendidas, totalizando mais de R$2,47 bilhões em projetos.
De acordo com o SENAI Nacional, o ciclo de avaliação dos Institutos é uma estratégia que objetiva promover a melhoria contínua dos processos de gestão, o alinhamento estratégico da rede e a construção de planos de crescimento alinhados com práticas de institutos internacionais de referência no campo de atuação.
Em 2019, o Fraunhofer já havia realizado uma auditoria com foco na gestão do ISI-ER. “Diferente daquela ocasião, em que a gente estava interessado na performance, agora a gente quer ver como os projetos estão sendo entregues para o cliente, qual a qualidade da entrega baseado na infraestrutura que o Instituto tem e na qualidade das pessoas que tem. Também olhar como está cooperando com os parceiros para entregar para a empresa”, comentou José Eduardo Santos Oliveira, especialista em Desenvolvimento Industrial do Senai Nacional.
Texto e fotos: Renata Moura