Em série de quatro encontros técnicos, especialistas compartilharam desafios, estratégias e soluções para transformação digital do setor e alcance de meta da Nova Indústria Brasil (NIB)
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) se juntou a maior associação industrial da Europa, a Associação Alemã de Fabricantes de Máquinas e Instalações Industriais (VDMA), para debater os desafios e as estratégias para a indústria 4.0 no país. O road show Open Industry passou por Belo Horizonte, Manaus, São Paulo e Caxias do Sul, entre os dias 22 e 27 de novembro.
Gestores, especialistas e tomadores de decisão puderam conhecer soluções inovadoras e oportunidades para transformação digital da indústria brasileira. Os participantes ouviram profissionais e pesquisadores que são referência em tecnologias habilitadoras, como Big Data, Inteligência Artificial e Internet das Coisas, e o Open Platform Communications Unified Architecture (OPC UA) – protocolo de comunicação que permite a troca de dados entre componentes industriais.
Para cada encontro, a VDMA e a CNI contaram com parceiros, incluindo:
- Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ);
- as federações da indústria de Minas Gerais (Fiemg), São Paulo (Fiesp) e Rio Grande do Sul (FIERGS);
- Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI);
- Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH;
- Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS);
- Associação Brasileira de Internet das Coisas (ABINC);
- Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa);
- Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico (SIMECS);
- Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam); e
- Associação de Engenheiros Brasil-Alemanha (VDI-Brasil)
O impacto dos dados na produtividade
O gerente de Monitoramento e Controle de Projetos da Diretoria de Tecnologia e Inovação da CNI, Rodrigo Pastl, participou da abertura do encontro em São Paulo. Ele lembra que a Nova Indústria Brasil (NIB) estabelece como meta transformar digitalmente 25% das empresas industriais brasileiras até 2026 e 50% até 2033, assegurando a participação da produção nacional nos segmentos de novas tecnologias.
“Nosso objetivo é identificar tecnologias críticas e avaliar sua maturidade para saber e orientar a indústria brasileira o que priorizar. Para isso, nosso ponto de partida é a articulação de diferentes atores do setor público e privado, além da academia e sociedade civil”, explica.
Segundo Pastl, entre os principais fatores de baixa produtividade da indústria brasileira, está a utilização insuficiente de dados. Nesse aspecto, além de um data center, que é o espaço físico para abrigar a infraestrutura de tecnologia da informação, as empresas devem apostar em data spaces, infraestrutura descentralizada que possibilita a troca de dados entre organizações e empresas em um ambiente transparente, seguro e confiável.
Em uma das palestras dos road shows, a VDMA apresentou a iniciativa umati, que fornece informações padronizadas de produção de cerca de 300 empresas parceiras no Brasil.