O Rio Grande do Norte e a Península portuguesa de Setúbal têm possibilidades de estreitar relações econômicas. O diálogo para essa aproximação foi aberto entre a FIERN e a Associação da Indústria de Setúbal (AISET). O presidente da FIERN, Roberto Serquiz, recebeu o diretor geral da AISET, Nuno Maia, nesta quarta-feira (06.11), na Casa da Indústria, sede da federação. Na ocasião, destacaram as afinidades entre as atividades econômicas do RN e do distrito português e oportunidades de aproximação institucional entre as duas entidades.
“Apresentamos, nesta reunião, com a Associação da Indústria de Setúbal as janelas de oportunidade que o Rio Grande do Norte tem do ponto de vista de relacionamento internacional”, afirmou o presidente da FIERN.
O encontro também teve também a participação do presidente da Comissão Temática de Comércio Exterior e Relações Internacionais da Federação das Indústrias do RN (CORIMEX), Sílvio Bezerra; do vice-presidente da Confederação Nacional das Indústria, Amaro Sales; do presidente do Sindicato da Indústria de Doces e Conservas Alimentícias do Rio Grande do Norte (SINDAL), Ednaldo Mendonça Barreto; da empresária Joana Freitas, representantes da Vinícola Casa Ermelinda Freitas; da coordenadora executiva de Relações Institucionais e com o Mercado, Ana Adalgisa Dias; do assessor técnico do Observatório da Indústria Mais RN, Pedro Albuquerque; e do trainee do Centro Internacional de Negócios, Tainã Fernandes.
“Com esse diálogo, temos agora um laço de comunicação e poderemos dar continuidade a essa interlocução, com as observações sobre aspectos comuns para um novo relacionamento entre a Federação das Indústrias do RN e a Associação de Setúbal”, destacou Roberto Serquiz.
Ele acrescentou que uma das ênfases do diálogo foram as transições energética e digital. “E ficou nítido também que há muito em comum no que diz respeito à busca pela neoindustiralização, que é um olhar diferenciado para a indústria de transformação. Temos destacado que o mundo percebe isso como fundamental e tivemos mais um testemunho sobre a importância da neoindustrialização nesta reunião”, observou o presidente da FIERN.
O presidente da CORIMEX avalia que o encontro foi oportuno para apresentar as informações sobre as atividades nas quais o Estado tem potencial para ampliar o relacionamento econômico. “O papel da CORIMEX é esse, subsidiar investidores com informações para que possam tomar decisões com segurança”, ressaltou Sílvio Bezerra.
Ele citou ainda que o diretor da Associação informou sobre o cluster azul de Setúbal, uma articulação semelhante à que, no RN, tem sido constituída com o cluster tecnológico e naval. “Pode haver interesse também com relação ao lítio, porque lá eles desenvolvem uma indústria de processamento de baterias”, acrescentou. Com isso, explicou, existe a chance de empreendedores portugueses se interessarem por empreendimentos no Rio Grande do Norte, onde há jazidas de lítio.
“Ficou demonstrada uma grande reciprocidade de interesses e prioridades entre a economia e a indústria do Rio Grande do Norte e os objetivos do que acontece na Península de Setúbal”, avaliou Nuno Maia.
“Temos indústrias vocacionadas para os assuntos de energia e minérios. E, portanto, existem boas possibilidades de nossas empresas se relacionarem e procurarem sinergias e negócios em conjunto [no Rio Grande do Norte]”, salientou o diretor geral da AISET.