Indústria e Investimento impulsionam crescimento do PIB do Brasil em 1,4% no segundo trimestre

5/09/2024   10h57

 

 

 

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,4% no segundo trimestre de 2024 em comparação ao trimestre anterior, de acordo com dados do IBGE. O valor totalizado nesse período foi de R$ 2,9 trilhões, com destaque para os setores da Indústria e Serviços. A Formação Bruta de Capital Fixo (Investimento) também apresentou um desempenho expressivo.

 

 

Segundo boletim divulgado pelo Observatório da Indústria MAIS RN da FIERN, as expectativas do mercado para esse aumento eram mais modestas, variando entre 0,5% e 1,1% de crescimento trimestral. As projeções do mercado para o crescimento do PIB em 2024, segundo o Relatório Focus, indicam uma alta de 2,46%. Essas expectativas, no entanto, podem ser revisadas nas próximas semanas.

 

 

Em comparação ao mesmo trimestre do ano anterior, o PIB avançou 3,3%. No acumulado de 2024, o crescimento está em 2,9%, e no acumulado dos últimos 12 meses, a alta é de 2,5%.

 

 

 

 

O setor industrial registrou um crescimento de 1,4%, impulsionado principalmente pelos desempenhos positivos nas atividades de Serviços Industriais de Utilidade Pública (Água, Eletricidade, Esgoto e Resíduos), que subiram 4,2%, e pela Construção, que teve um aumento de 3,5%. A Indústria de Transformação cresceu 1,8%, enquanto a única queda foi observada na Indústria Extrativa, que recuou 4,4%.

 

 

O setor de Serviços também apresentou crescimento, com destaque para as atividades financeiras (2,0%), Informação e Comunicação (1,7%), Comércio (1,4%), Transporte (1,3%), Administração Pública (1,0%), Atividades Imobiliárias (0,9%) e Outras Atividades de Serviços (0,8%).

 

 

Por outro lado, a Agropecuária recuou 2,3%, impactada pelas quedas nas safras de milho (-10,3%) e soja (-4,3%). Em contrapartida, culturas como café (6,6%) e algodão herbáceo (10,8%) apresentaram bons desempenhos.

 

 

O crescimento do Investimento foi um sinal positivo, com alta de 2,1% em relação ao trimestre anterior e de 5,7% na comparação com o mesmo trimestre de 2024. O IBGE atribui essa alta ao aumento da produção doméstica e da importação de bens de capital, além dos bons resultados na Construção e no desenvolvimento de sistemas de informática.

 

 

Apesar desses crescimentos, o mercado pode revisar para cima as expectativas para a inflação e a Taxa Selic. A inflação acumulada em 12 meses está atualmente em 4,5%, enquanto o centro da meta perseguida pelo Banco Central é de 3%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. As expectativas para a Taxa Selic permanecem em 10,50%.