O Plano Mais Produtivo (P+P) é para indústrias de todos os tipos e portes desde que alinhadas às missões da NIB. Saiba como solicitar um financiamento com os recursos oferecidos pelo programa de política industrial

 

 

 

Lançada em janeiro, a nova política industrial, o programa Nova Indústria Brasil, visa acelerar o desenvolvimento e o crescimento do país. O principal mecanismo para isso é o Plano Mais Produtivo (P+P), que centraliza os R$ 342,7 bilhões para financiar projetos e iniciativas alinhadas com as missões e os eixos estruturantes da política. Para mostrar que não é algo distante da realidade dos empresários brasileiros, este mês, o NAC Responde o que pode ser financiado com esses recursos, como solicitá-los e algumas dicas.

 

Antes disso, você precisa entender o P+P, o plano do governo que oferece linhas de crédito, equity (modalidade de investimento em que o investidor compra parte de uma empresa e se torna sócio) e recursos não reembolsáveis para desenvolvimento tecnológico e inovação industrial. Esses mecanismos estão dispostos em quatro eixos, que são:

 

• Indústria Mais Inovadora e Digital: como o nome diz, é para projetos voltados para inovação e digitalização;
• Indústria Mais Verde: apoia projetos alinhados à descarbonização da indústria e à transição ecológica;
• Indústria Mais Exportadora: para projetos que promovam o acesso ao mercado internacional;
• Indústria Mais Produtiva: apoia crédito, consultorias e outras ações de acesso ao crédito às micro, pequenas e médias empresas, além de ampliar a banda larga.

 

 

Veja, a seguir, algumas das linhas de financiamento disponíveis com foco nesses eixos:

 

 

Quais projetos estão aptos para as linhas de financiamento da NIB?
O projeto precisa estar alinhado às missões da Nova Indústria Brasil, que são:

 

• Cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais para segurança alimentar, nutricional e energética;
• Complexo Econômico Industrial da Saúde resiliente para reduzir as vulnerabilidades do SUS e ampliar o acesso à saúde;
• Infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade sustentáveis para a integração produtiva e o bem-estar nas cidades;
• Transformação digital da indústria para ampliar a produtividade;
• Bioeconomia, descarbonização e transição e segurança energéticas para garantir os recursos para as gerações futuras;
• Tecnologias de interesse para a soberania e defesa nacionais.

 

Um exemplo de iniciativa alinhada à primeira missão é um projeto que visa agricultura de precisão, com a implementação de drones e sensores IoT para monitoramento em tempo real de culturas agrícolas, permitindo a otimização do uso de recursos como água e fertilizantes, aumenta a produtividade e reduz impactos ambientais.

 

Já a criação e implementação de soluções avançadas de cibersegurança para proteger infraestruturas críticas e dados sensíveis para prevenir grandes ataques cibernéticos é um exemplo de projeto alinhado à sexta missão.

 

Qual tipo de indústria ou tamanho da empresa que pode solicitar os financiamentos da NIB?

 

Não existe nenhuma restrição quanto ao tipo de indústria ou tamanho da empresa que pode se candidatar ao financiamento. O programa atende empresas de todos os portes.

 

Mas, além da necessidade de estarem alinhadas às missões da NIB, as empresas devem atender às condições da linha de crédito e às regras da política de concessão de crédito da instituição financeira que realizar o financiamento.

 

Qual é o valor máximo e o mínimo que pode ser financiado?

 

Os valores variam de acordo com a forma de contratação da operação, linha de financiamento prevista na NIB e enquadramento nas regras de financiamento do agente financeiro.

 

 

Por exemplo, nas operações indiretas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), contratadas pelos agentes financeiros credenciados no banco, o valor máximo de financiamento é de até R$ 20 milhões, no subprograma Difusão Tecnológica. Não há valor mínimo.

 

 

Já nas operações centralizadas, contratadas diretamente na Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), na linha FINEP Mais Inovação, o valor mínimo de financiamento é de R$ 15 milhões para empresas que possuem receita operacional bruta acima de R$ 90 milhões.

 

 

Quanto tempo leva a aprovação e a liberação do recurso solicitado?

 

Os prazos de aprovação e liberação dependem da linha de financiamento do agente financeiro.

 

 

Há instituição em que os prazos de análise e decisão giram em torno de 45 dias e a de contratação entre 15 e 75 dias. Já a liberação pode ocorrer em até duas semanas após a assinatura do contrato.

 

 

Algumas operações possuem prazos de análise, aprovação e liberação mais ágeis, por exemplo, quando há documentação em ordem e informações claras que facilitam e reduzem o tempo de análise.

 

 

A empresa precisa prestar contas dos projetos?

 

Na simples aquisição de uma máquina, por exemplo, não há necessidade de prestação de contas e relatórios, mas é necessária a nota fiscal do bem.

 

 

Já em alguns projetos de inovação, a prestação de contas segue o previsto no cronograma físico-financeiro, com as metas, atividades e indicadores do projeto.

 

 

Consulte o agente financeiro para saber o formato da prestação de contas da linha de financiamento escolhida.

 

 

Dica do NAC!

 

O NAC recomenda que os interessados em solicitar financiamento com os recursos da Nova Indústria Brasil preparem a documentação da empresa, identifiquem a linha de crédito mais adequada às necessidades dentro dos eixos estruturantes (Indústria Mais Inovadora, Indústria Mais Verde, Indústria Mais Exportadora ou Indústria Mais Produtiva) e preparem projetos, se for o caso, adequando-se às condições requeridas pelas instituições financeiras.

 

Tem dúvidas? O NAC Responde!

 

Todo mês, o NAC Responde, produzido pela Agência de Notícias da Indústria, responde as dúvidas mais frequentes de empresários e gestores na hora de buscar crédito para os negócios.

 

 

“Por meio das orientações, o NAC facilita o acesso ao crédito de micros, pequenas e médias empresas industriais. O crédito é essencial para o funcionamento das empresas, seja para viabilizar novos investimentos ou para atender às necessidades rotineiras de caixa”, pontua o gerente de Política Econômica da CNI, Fábio Guerra.

 

 

Desde 2015, o NAC, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), assessora MPEs industriais sobre as linhas de crédito disponíveis no mercado, dando suporte com informações sobre documentação, taxas de juros, garantias, número de parcelas, itens financiáveis, entre outras.

 

 

Saiba mais pelo site do Núcleo de Acesso ao Crédito (NAC) ou entre em contato com a federação das indústrias do seu estado.

 

Agência de Notícias da Indústria