A economia do Rio Grande do Norte abriu +4.533 vagas com carteira assinada no mês de junho, o segundo maior saldo dos últimos doze meses, abaixo apenas da marca de agosto de 2023, período de alta sazonal, quando +5.890 empregos foram criados. O balanço geral, resultou de +20.560 admissões e -15.627 desligamentos, com crescimento de 0,89% no estoque (total) de empregados vinculados à CLT.
Os quatro grandes setores registraram balanços positivos no mês. Em termos de volumes, as principais influências para o resultado geral vieram dos Serviços, com saldo de +1.792 vagas, da Agropecuária, com +1.223 e do conjunto da Indústria, +1.032. O Comércio abriu +486 vagas. Mas as contratações de mão de obra para o início do ciclo frutícola fizeram a diferença no desempenho. A construção de edifícios perdeu força em junho, mas as Obras de infraestrutura e de Serviços especializados amenizaram o impacto dos cortes, mantendo a liderança da cadeia do setor no semestre.
Nos Serviços destacaram-se as mesmas atividades dos três meses anteriores, a saber, Atividades administrativas e serviços complementares, como Serviços combinados para apoio a edifícios (exceto condomínios prediais) (+517) e Apoio administrativo e outros serviços prestados às empresas, como Teleatendimento (+464); na Agropecuária, o início de um novo ciclo frutícola possibilitou a abertura de vagas para o Cultivo de melão (+846), de Outras frutas de lavoura permanente, como mamão e banana (+111) e de Serviços de preparação de terreno, cultivo e colheita (+193). No Comércio, as vagas estiveram concentradas nas vendas – varejo – de Artigos do vestuário (+120) e Comércio de alimentos e produtos em geral (+136). No setor industrial, a cadeia da Construção continuou em evidência, na Transformação, os Alimentos; e nas Indústrias Extrativas, as Atividades de apoio à extração de minerais.
No conjunto do Brasil e do Nordeste, os balanços do Novo CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) também continuaram positivos em junho, com +201.705 e +45.940 novas contratações, respectivamente. Vale destacar que o saldo da Região é a segunda melhor marca dos últimos nove meses, abaixo apenas do resultado de setembro de 2023 (alta sazonal) quando foram abertas +73.865 vagas.
O conjunto da indústria potiguar manteve o ritmo de contratações acima de mil vagas, observado nos meses abril e maio. Todavia, o volume de junho, correspondente a +1.032 vínculos, ficou abaixo das +1.214 e +1.243 vagas dos dois períodos anteriores, na mesma ordem.
A principal explicação pode ser atribuída ao balanço negativo do segmento de construção de edifícios, que cortou -61 vagas, após abrir +803 em abril e +311 em maio, sinalizando uma desaceleração da atividade. Porém, o impacto do corte foi atenuado pelo aumento das contratações para Obras de infraestrutura (+280), diversificadas, e pelo saldo favorável dos Serviços especializados para construção (+171). Os dois últimos foram os principais destaques industriais individualizados do mês. A Indústria Geral por sua vez, gerou +631 vagas, distribuídas entre os segmentos de Transformação, +390, Extração mineral, +161, Água e esgoto, gestão de resíduos e descontaminação, +82 e Eletricidade e gás, -2.
Quanto aos demais realces de junho, a indústria de Alimentos ficou, novamente, em 3ª posição (+177) – logo após as duas primeiras ocupadas por segmentos da Construção -, com contratações diversificadas em manufaturas como Laticínios, Açúcar e Sorvetes. Convém chamar a atenção para a cadeia do petróleo que abriu +137 postos de trabalho, distribuídos em Extração (+11), Fabricação de derivados (+12) e, principalmente, Atividades de apoio à extração (+113). Na sequência, a Fabricação de produtos de minerais não-metálicos se destacou com as Estruturas pré-moldadas de cimento armado em série ou sob encomendas (+112). Mais detalhes podem ser identificados no gráfico correspondente ao mês.
Destaques da indústria potiguar em junho
De janeiro a junho, a indústria potiguar registrou saldo de +3.868 vagas abertas, com aumento de 2,41% no total de empregados existentes no início do ano. A Construção Civil proporcionou +2.646 vagas e a Indústria Geral +818. É importante chamar a atenção de que o último saldo se encontra rebaixado devido à influência do corte das -1.240 vagas na Fabricação de biocombustíveis após o encerramento do ciclo da moagem da cana de açúcar em abril. Com o início do processamento da safra 2024/2025, a partir de agosto, esse efeito vai sendo revertido.
Quanto aos destaques individualizados, a Construção de edifícios manteve a dianteira das contratações no período (+2.017), mesmo com o saldo negativo de junho; o agrupamento industrial contou com o reforço dos Serviços Especializados (+588) em 2ª posição e das Obras de infraestrutura (+445), em 4ª; a Confecção do vestuário continuou em evidência (+457), em 3ª posição, apesar dos cortes verificados nos últimos dois meses; Fabricação de produtos de minerais não-metálicos ficou em quinto lugar (+329), com Blocos pré-moldados de concreto armado, secundados por Aparelhamento de pedras e Fabricação de cimento, impulsionados pela Construção Civil. Coleta e recuperação de resíduos ficou em 6ª posição (+289) e Alimentos (+214) em 7ª, está com ênfase nos Produtos de carne e de Conservas de frutas (provavelmente castanhas de caju). Vale mencionar as contratações na Extração de minerais não- 5 metálicos (+158), com sal marinho, gemas e outros minerais, e na Extração de minerais metálicos (+30), com destaque para o ouro. No que tange aos saldos negativos, cabe esclarecer que as -1.193 vagas computadas no gráfico do semestre, resultam do somatório de Biocombustíveis (-1.240) com Derivados de petróleo (+47). Mas para a Indústria do petróleo, considerada em cadeia, o saldo resultante é negativo até junho (-14 vagas), levando em conta os desempenhos da Extração (+43), das Atividades de apoio à extração (-104) e da Fabricação de derivados (+47). Os demais destaques positivos e negativos podem ser visualizados no gráfico correspondente ao período janeiro-junho. Na passagem de maio para junho de 2024, o total de empregados em indústrias vinculados à CLT no Rio Grande do Norte aumentou de 120.892 para 121.924. Em junho de 2023,
Para acessar a análise completa, os quadro e gráficos elaborados a partir do mais recente Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), referente aos dados de junho, elaborado pela Unidade de Economia e Pesquisa da FIERN, acesse o link:
www.fiern.org.br/wp-content/uploads/2024/08/novo_CAGED_junho-2024.pdf