Em evento para órgãos públicos, SENAI-RN participa de debate sobre o futuro do setor energético

10/05/2024   15h51

Painel teve o diretor do SENAI-RN, Rodrigo Mello, e o chefe da Procuradoria do Patrimônio e da Defesa Ambiental, José Marcelo Ferreira Costa, como convidados, com mediação do secretário-adjunto da Secretaria estadual do Desenvolvimento Econômico, da Ciência, da Tecnologia e da Inovação, Hugo Fonseca

 

O diretor do SENAI do Rio Grande do Norte e do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), Rodrigo Mello, participou nesta quinta-feira (09) do RN+ Energia – Seminário de Gestão e Planejamento Energético do governo do estado que reúne os principais órgãos públicos que atuam na regulação do setor elétrico.

 

O evento é realizado a cada dois anos e tem como objetivo o debate de temas que envolvem as autorizações de atividade para o setor elétrico, além da  troca de experiências e conhecimentos na área. 

 

Nesta edição, o tema escolhido foi “Rumo a novas fronteiras energéticas” e questões relacionadas à futura geração de energia eólica offshore (no mar) e à indústria do hidrogênio verde estiveram entre os destaques na pauta.

 

Os assuntos foram discutidos no painel “Desenvolvimento Econômico e Sustentabilidade: o Futuro do Setor Energético”, que teve o diretor do SENAI e o chefe da Procuradoria do Patrimônio e da Defesa Ambiental (PPDA), da Procuradoria Geral do Estado, José Marcelo Ferreira Costa, como convidados. 

 

A mediação foi realizada pelo secretário-adjunto da Secretaria estadual do Desenvolvimento Econômico, da Ciência, da Tecnologia e da Inovação, Hugo Fonseca. 

 

A regulamentação no setor, a corrida por anúncios de projetos e potenciais investimentos ligados ao hidrogênio verde – e o que há de concreto na área – o impacto dos parques eólicos onshore (em terra) para o desenvolvimento local e se o Brasil está pronto para o offshore, do ponto de vista tecnológico, foram abordados no evento. 

 

Na plateia estavam servidores de órgãos como Idema (Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente), Arsep (Agência Reguladora de Serviços Públicos do RN), Procuradoria Geral do Estado (PGE) e superintendências no Rio Grande do Norte do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), do  DNIT (Departamento nacional de Infraestrutura de Transportes) e do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico). A Neoenergia Cosern, concessionária de distribuição de energia no RN, também participou como convidada. 

 

Evolução

O diretor do SENAI-RN e do ISI-ER avaliou a discussão como produtiva do ponto de vista da “evolução dos projetos, do como fazer mais e melhor”. “Eu acho que é fundamental a gente responder para a sociedade sobre a importância, a necessidade de ter a produção de energia limpa, de poder consumir energia limpa”, disse ele.

 

“Então, pensando com essa premissa, este tipo de encontro traz um ambiente fértil para que a gente discuta a formalização das etapas de um projeto, de como o projeto pode evoluir, de como o setor pode evoluir. E uma dessas etapas é a dos impactos ambientais”, acrescenta. 

 

O executivo observa que “todos os setores econômicos na vida das pessoas possuem impactos ambientais e na geração de energia não é diferente, mas por falta de um arcabouço legal completo na área, ainda se tem muitas hipóteses de ‘eu acho’, ora do profissional que está na análise dos projetos – desconfortável para aprovar ou desaprovar um projeto por falta do estabelecimento concreto das condições de funcionamento do projeto – ora do investidor, que também fica desconfortável porque não tem um ambiente concreto pelo qual ele será cobrado, pelo que ele tem que entregar à sociedade”. 

 

“Então, esse tipo de discussão, um evento como esse de aproximar o setor produtivo de quem faz as regulações, do Estado, é um ambiente produtivo para que a gente traga à tona os problemas, os processos que precisam ser melhorados”, destaca o diretor. 

 

Ele ressalta, no entanto, que é preciso ir além do debate. “É preciso que a discussão tenha consequência. É preciso que onde há regulamento a ser firmado, que seja firmado, que onde há resolução que precisa ser publicada, que seja publicada, e a sociedade, democraticamente, vá funcionando como deve, em discussão o mais profunda possível sobre um determinado assunto e, mesmo naqueles assuntos em que não haja uma unanimidade no caminho a ser seguido, que se siga o processo da opinião da maioria, depois de muito debate”.

 

Texto e fotos: Renata Moura