Projetos do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) com foco em energia eólica offshore foram destaques, nesta segunda-feira (08), no portal de notícias holandês offshoreWIND.biz.
Na reportagem “Brazil Installs Largest Offshore Wind Resource Measurement Network in Equatorial Margin Region” (Brasil instala maior rede de medição de recurso eólico offshore na região da Margem Equatorial” – https://www.offshorewind.biz/2024/04/08/brazil-installs-largest-offshore-wind-resource-measurement-equatorial-margin/) – publicada como manchete do portal até o final da manhã – o veículo chama a atenção para o avanço do maior mapeamento em curso no país para identificar o potencial energético nessa área, desenvolvido pelo ISI-ER em convênio com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Os estudos abrangem 38,6% do litoral do Brasil – área conhecida como Margem Equatorial Brasileira, com seis pontos de medição distribuídos do Rio Grande do Norte ao Amapá.
A instalação do último equipamento – um sensor óptico conhecido como LIDAR (Light Detection and Ranging) – foi concluída na última quarta-feira (3), no município de Paracuru, no Ceará.
Agora, a expectativa do Instituto é apresentar os resultados que serão obtidos na 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), marcada para novembro de 2025, no Pará.
“Nós vamos precisar de pelo menos um ano, ou seja, de um ciclo climático completo, para validar a nossa modelagem, mas a ideia é que os equipamentos que instalamos sejam utilizados também depois desse período, como estações de medição permanentes”, diz o coordenador de Pesquisa & Desenvolvimento do ISI-ER, Antonio Medeiros.
Rodrigo Mello, diretor do SENAI-RN e do Instituto SENAI, observa que “o estudo oferecerá uma contribuição significativa para o desenvolvimento desta nova fronteira no Brasil”. “Os resultados dessas medições oferecerão dados primários para a validação de simulações, com a redução da incerteza do potencial energético da Margem Equatorial. Isso fará com que esses investimentos sejam otimizados. Ter esses dados é uma questão de fortalecimento do ambiente de atração de negócio para essa nova atividade industrial que será muito importante para o Brasil”, analisa.
As medições do projeto tiveram início em 2022, no Rio Grande do Norte – estado que lidera a produção brasileira de energia eólica em terra e uma das zonas de investimentos potenciais também no offshore, com 14 projetos à espera de licenciamento no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Planta-piloto
Um desses projetos, um sítio de testes a ser implantado pelo SENAI-RN/ISI-ER, a 20km da costa de Areia Branca, nas proximidades do Porto-Ilha, está no centro de outra reportagem publicada pelo Portal nesta segunda.
No texto, intitulado “Brazil Could Soon Approve 22 MW Pilot Offshore Wind Project in Rio Grande do Norte” (Brasil pode aprovar em breve projeto piloto de energia eólica offshore de 22 MW no Rio Grande do Norte), o offshoreWIND.biz mostra perspectivas e próximos passos do projeto.
O ISI-ER
O Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) é a principal referência do SENAI no Brasil em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) com foco em energia eólica, solar e sustentabilidade, incluindo novas tecnologias como o hidrogênio verde.
Faz parte da maior rede privada de institutos de pesquisa, desenvolvimento e inovação criada no Brasil para atender as demandas da indústria, composta por 27 Institutos SENAI de Inovação.
A Rede tem como foco a pesquisa aplicada, o emprego do conhecimento de forma prática no desenvolvimento de novos produtos e soluções customizadas para as empresas ou de ideias que geram oportunidades de negócios. Desde que foi criada, em 2013, mais de R$ 1,2 bilhão foram mobilizados em projetos de PD&I, com produtos ou processos entregues aos clientes.
O ISI-ER está em operação no Hub de Inovação e Tecnologia (HIT) do SENAI-RN, em Natal, desde 2018. Herdou integralmente atividades de pesquisa aplicada realizadas pelo SENAI-RN, que desde 2002 atua nesse campo e na prestação de serviços para os setores de gás e energia.
Na sua trajetória, tem construído caminhos que contribuem para o progresso tecnológico do país e a sustentabilidade, com o avanço das energias renováveis e de inovações necessárias para a transição energética.
Pesquisadores/as que integram a equipe do Instituto foram pioneiros/as em estudos, com medições, sobre o offshore brasileiro, desenvolveram projetos como o novo Atlas Eólico e Solar do Rio Grande do Norte e estão à frente do mais abrangente mapeamento em desenvolvimento no Brasil para identificar o potencial de geração de energia eólica com turbinas implantadas no mar, em convênio com o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).