Maioria da população usa máscara no transporte público, mostra pesquisa da CNI

30/08/2022   10h16
Maioria da população usa máscara no transporte público

 

 

Com a redução dos casos de Covid-19, os brasileiros estão deixando de usar máscaras. Pesquisa inédita da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que 55% da população adota o item de proteção no transporte coletivo. É o único local dentre os pesquisados em que mais da metade da população mantém o hábito adquirido na pandemia. Em atividades de lazer, como academias, shows, cinemas, bares e restaurantes, as máscaras só são usadas por 25% ou menos dos entrevistados.

 

Os supermercados são o segundo local com maior adesão das máscaras: 49% da população disse usar o item de proteção, segundo a pesquisa. Mas o percentual cai bastante em outros espaços de compras, como comércio de rua (34%) e shoppings (33%). Chama atenção ainda que apenas 31% mantêm o cuidado no ambiente de trabalho.

 


“Diante de um cenário de menor gravidade da pandemia, com alta cobertura vacinal da nossa população e redução dos casos, as atividades econômicas estão retornando ao seu ritmo normal e o mercado de trabalho começa a se recuperar. Mas é importante que a população continue atenta aos índices de Covid-19 e, sempre que preciso, mantenha os cuidados necessários para evitar uma nova onda, por todos os seus impactos na sociedade”, destaca o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. 


 

A CNI realiza pesquisa sobre a situação da pandemia no Brasil e o comportamento da população desde o início de 2020. Nesta edição, a sétima da série encomendada ao Instituto FSB Pesquisa, foram entrevistadas, entre 23 e 26 de julho, 2.008 pessoas de todas os estados do país e DF. A margem de erro é de 2 pp, com intervalo de confiança de 95%. Confira a íntegra do estudo:

 

Uma a cada três pessoas não usa máscara em qualquer lugar

A pesquisa mostra ainda que cresceu o número de pessoas que abandonou de vez as máscaras. Entre abril e julho desse ano, o índice de brasileiros que não estão usando máscaras em nenhum local passou de 17% para 32%. Ou seja, uma em cada três pessoas não utiliza mais máscaras.

 

A adesão às máscaras continua, principalmente, nos locais fechados. Entre abril e julho deste ano, o percentual de brasileiros que disseram usar máscaras apenas em locais fechados se manteve estável (de 53% para 52%) enquanto caiu de 29% para 16% no período o percentual que utilizam tanto em locais fechados quanto abertos.

 

Essa tendência de deixar de usar a máscara acompanha a percepção da população sobre a sua obrigatoriedade: do total de entrevistados, apenas 6% disseram que na sua cidade o uso de máscaras continua obrigatório em lugares fechados e abertos contra 37% que disseram que o uso é obrigatório apenas em locais fechados. Segundo a maioria (54%), o uso de máscaras não é mais obrigatório na sua cidade.

 


“A população percebe que o cenário da pandemia mudou. Há uma redução importante do número de casos e da gravidade dos casos. A confiança na vacina e a adesão massiva da população à vacinação são fatores importantes e que corroboram para esse sentimento de proteção dos brasileiros”, destaca o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.


 

Do total de entrevistados, 95% dizem ter tomado, pelo menos, uma dose da vacina. E a maioria diz já ter tomado três ou quatro doses (62%). Apenas 5% afirmaram que não tomaram a vacina.

 

5% da população diz ter tido Covid-19 nos últimos três meses

Apesar disso, metade da população continua a avaliar a situação da pandemia no Brasil como grave ou muito grave. Esse índice chegou a ultrapassar 80% em 2021. Do total de entrevistados, 35% disseram que já tiveram Covid-19, sendo que 11% dos brasileiros tiveram mais de uma vez e 5% pegaram a doença nos últimos três meses.

 

E, considerando parentes, amigos ou pessoas do seu convívio, a doença esteve próxima da maioria dos brasileiros: 62% disseram que conhecem alguém que tenha sido internado por causa da Covid-19.

 

Quando questionados sobre a nova variante BA-5, mais da metade (54%) nunca ouvir falar e apenas 28% disseram que o medo é grande ou muito grande.