Eólica offshore é tema de reunião entre FIERN e Adam Smith International

29/03/2021   17h17

O Rio Grande do Norte tem potencial promissor no desenvolvimento do mercado eólico offshore do país. A avaliação foi feita pelo presidente do Sistema FIERN, Amaro Sales de Araújo, e representantes da empresa Adam Smith International (ASI), em reunião virtual realizada nesta segunda-feira (29). A modalidade, ainda em estudo no país, tem como desafios a regulação, competitividade e criação de mercado.

 

O diretor regional do SENAI-RN, Emerson Batista, o diretor executivo do CTGAS-ER e ISI-ER, Rodrigo Mello, e o coordenador do ISI-ER Antônio Medeiros, além da gerente do Programa Laina Maia e as responsáveis técnicas em Eólica Offshore Marina Carvalho, Mirian Ferraz e Geruza Magalhães participaram da reunião, que busca aproximar as instituições, bem como reunir informações para subsidiar o ‘Guia de Investimentos em Eólica Offshore no Brasil’, desenvolvido pela empresa.

 

O Guia faz parte do projeto “Brazil Energy Programme (BEP)”, em tradução livre do inglês: “Programa de Energia do Brasil (BEP): Investimento em Eólica Offshore”, desenvolvido pela Adam Smith International em parceria com o Ministério de Minas e Energia (MME) e apresentado durante a reunião. Patrocinado pelo Fundo de Investimento do Reino Unido, o Programa de Energia para o Brasil do Fundo de Prosperidade do governo britânico visa apoiar o país no processo de transição energética.

 

 

O presidente Amaro Sales destacou que o Rio Grande do Norte é líder em geração de energia eólica onshore no Brasil e tem capacidade para ter êxito na modalidade de exploração marítima.  Ele lembra que o programa Mais RN tem mapeado oportunidades econômicas e acompanha de perto o setor de energias, inclusive com a criação de fóruns e disponibilidade de acervo em plataforma digital.

 

“A cadeia de energias do nosso estado tem alto potencial e acredito que possamos repetir o sucesso também na modalidade eólica offshore. Dispomos de recursos naturais e de competências técnicas para a formação de mão de obra qualificada, pelo SENAI, bem como para trabalhar tecnologias e inovação”, observa Amaro Sales.

 

O Sistema FIERN, por meio do SENAI, dispõe do Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis (CTGAS-ER) e do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER). O primeiro é um centro de capacitação profissional técnica, considerado referência no atendimento à indústria de todo país e que, recentemente, recebeu a certificação GWO (Global Wind Organisation), enquanto o ISI-ER atua na área de Eólica Offshore.

 

O presidente da FIERN ressaltou a elaboração do Mapa Eólico do RN, que está sendo feito pelo Governo em parceria com a FIERN/SENAI, e pontuou questões como infraestrutura portuária e a política de incentivos fiscais do estado com o Proedi.

 

A gerente do Programa de Energia do Brasil, Laina Maia, explica que Adam Smith International está implementando o BEP para alavancar o papel de líder do Brasil no processo de transição energética. O trabalho se dá em áreas estratégicas como o marco regulatório do setor, meio ambiente, desenvolvimento sustentável e de pesquisa, tecnologia e inovação e ampliação da competitividade. E ressalta que o investimento em energias renováveis, ​​tem o potencial de estimular a economia brasileira, além de contribuir para a redução das emissões de carbono.

 

“Estamos trabalhando em nível federal com ministérios e agências regulatórias em questões como comércio de emissões, estruturas regulatórias e padrões ambientais, e em nível estadual e municipal em competitividade e investimento”, disse.

 

O BEP, conforme apresentou a assessora Marina Carvalho, trabalha reunindo o conhecimento do Reino Unido e do Brasil para demonstrar novas tecnologias, testar novos modelos de negócios e fornecer suporte consultivo a funcionários do governo brasileiro para que possam levar adiante a agenda de energia renovável.

 

“O Rio Grande do Norte tem um papel muito relevantes na construção desse processo e a Federação pode ser um grande canal de informação para investidores estrangeiros de como o estado tem potencial atrativo. O estado é um líder em organização e iniciativas do setor eólico e é importante nesta aproximação com empresas britânicas”, disse Marina Carvalho.

  

Por Sara Vasconcelos, Unicom/FIERN